Os alunos do 8º ao 9º ano da Escola Municipal Professor José Militão de Albuquerque, localizada no bairro Conjunto Ceará, tiveram a oportunidade de visitar a Câmara Municipal de Fortaleza na tarde desta quinta-feira (18), como parte da atividade “A Escola vai à Câmara”, promovida pelo projeto Político Eu?!?!.

Essa visita é fruto da parceria entre a Casa Legislativa e a Fundação Demócrito Rocha. Durante a visita, os estudantes puderam conhecer as instalações de diversos setores, entender o funcionamento da Casa, aprender sobre os serviços oferecidos pela Central da Cidadania, Ouvidoria, Direitos Humanos, Complexo das Comissões e explorar as dependências da Comunicação.

Na abertura da atividade, o vereador Márcio Martins (União Brasil) conversou com os estudantes repercutindo sobre o dia a dia de um parlamentar. Ele também falou da importância desse momento atentando para o desenvolvimento de uma consciência política desde os primeiros anos de formação como ponto crucial para o fortalecimento da democracia.

“Quando estava no ano letivo que eles estão agora, ou seja, no ensino fundamental, foi lamentável ninguém me falar de política e isso é negativo. Eu acho que quanto mais cedo começarem a falar da importância da escolha dos seus representantes, eles irão entender que estes serão os responsáveis de modificar suas vidas. A Câmara está de parabéns, a Secretaria de Educação e obviamente à escola que trouxe e contribuiu nesse processo de aprendizagem. Parabéns aos alunos que mais cedo começam a falar de política”, disse o vereador.

Presente na mesa diretora, a relatora Angelina Lopes falou desse momento de aprendizado que vai além da sala de aula. A estudante achou interessante conhecer o processo de tramitação de um projeto. “Está sendo bem interessante a gente estar aqui na Câmara Municipal aprendendo como é feita a lei, como que se leva para ser aprovada e todos os setores que a lei precisa para ser aprovada. Então é algo importante e interessante da gente estar sabendo”, comentou.

Com um projeto de indicação voltado às pessoas com deficiência, o tema acessibilidade no âmbito escolar e em bibliotecas foi o ponto convergente entre os alunos. “O projeto foi criado a partir de algumas oficinas e reuniões, pensando em quais problemas a gente poderia solucionar na cidade. Então, primeiro, a gente fez uma lista sobre as problemáticas que a gente encontra no ambiente humano e no ambiente educacional e a partir daí a gente viu quais pontos em comum nas ideias de cada um. Então, o projeto foi voltado para a acessibilidade e inclusão de alunos em ambientes educacionais, tanto escolas públicas, quanto bibliotecas, pensando na situação dos deficientes físicos”, contou a professora de história, Natália Fernandes.

Paula Vieira, coordenadora do projeto Escola vai à Câmara, ressalta a participação dos estudantes no processo de descoberta sobre o funcionamento do legislativo. “Os estudantes do Colégio José Militão estão aqui falando sobre a acessibilidade. Estão muito empolgados. É interessante vê-los se interessando por esse espaço de poder, sabendo onde é que estão os seus representantes, sabendo o que é que os representantes estão fazendo, como é que eles fazem, como que é a tramitação. Hoje eles se surpreenderam com o tamanho da burocracia, com as etapas e os processos e a quantidade de setores, mas tudo é descoberta e é interessante ver essa educação cidadã acontecer”, relatou.

>> O projeto foi levado ao plenário onde foi debatido e aprovado pelos estudantes.

Vale lembrar que ao todo foram 12 escolas selecionadas para essa ação. Para participar do concurso, além de inscrição por meio do formulário do site, foi necessária a submissão de um projeto de lei desenvolvido pelos alunos da escola, com a orientação de um “professor-consultor” escolhido pela própria escola ou pelos alunos.

Fotos: Zerosa Filho