Vereador defende piso salarial para profissional de Educação Física

02/04/2024 - Anna Regadas

Reajuste dos servidores municipais, celebração do dia de conscientização sobre o autismo e visita ao IJF também foram destaques no Pequeno Expediente,

Registrando a insatisfação dos profissionais de Educação Física, que para prestarem os serviços de “personal trainer” precisam pagar uma taxa às academias, o vereador Danilo Lopes (Avante), defendeu na sessão ordinária desta terça-feira, 02, o piso salarial como ferramenta de valorizar a categoria.

“Desde o momento que assumi uma cadeira na Câmara Municipal de Fortaleza eu trago o tema da cobrança da taxa do personal trainer nas academias. Foi debatida aqui em audiência pública e o fato é que esse tema gera uma verdadeira insatisfação pois como se não bastasse o personal ter que pagar, ainda existem academias em Fortaleza que estão determinado os horários nos quais ele pode atuar. Já passou da hora do Conselho Federal de Educação Física fazer um dimensionamento dessa situação, inclusive por que essas academias colocam 70 alunos para um profissional, que ainda recebe um salário de miséria. Isso é impraticável e o desafio que faço é, vamos brigar pelo piso salarial da Educação Física”, defendeu.

Fazendo alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado hoje, os vereadores Bruno Mesquita (PL) e Márcio Martins (SD) ressaltaram a importância de políticas públicas voltadas para a assistência dos autistas e seus familiares.

“Hoje, 2 de abril, Dia de Conscientização sobre o Autismo, eu que sou pai de uma criança autista, Bruno Enzo venho falar com muita alegria de alguns avanços mas também de algumas frustações”, apontou. Bruno destacou que a cidade precisa avançar em alguns pontos: na criação do Centro de Especialidade Autista, no levantamento de pessoas com autismo na Capital e na emissão dos laudos, reforçando a importância desse documento para garantir o acesso a benefícios do governo como o BPC e a implementação de política voltada para os autistas adultos.

“Chegamos a mais um dia 2 de abril e hoje o mundo olha com mais atenção para a causa do autismo, para saber o que aqueles que de fato vivenciam, lutam e acreditam nessa pauta. E queremos que mais pessoas sobretudo os neurotípicos possam falar, ouvir, e a família precisa fazer o seu dever de casa pois o ambiente familiar é fundamental para o desenvolvimento. A Câmara tratou de cuidar de uma identidade visual, e é vanguardista pois foi primeira do Brasil a criar uma Frente Parlamentar e a realizar um mutirão. O nosso Parlamento e nossa Casa tem sim o compromisso com o autismo”, destacou Márcio.

Já o vereador Ronivaldo (SD) destacou a ampla negociação feita com os servidores e o diálogo junto ao Executivo sobre o reajuste salarial. “Hoje venho celebrar mais um ciclo concluído. Na verdade chega à Casa, a mensagem do reajuste dos servidores municipais, e viva a esse ciclo que se concluiu. Fico muito honrado de ter participado da negociação e diálogo junto ao Executivo. Já entrou extrapauta para apreciarmos essa matéria e aprová-la o quanto antes. A proposta do Governo é de dar 3,62 no primeiro de maio com o retroativo e a partir de junho repondo a inflação inteira. Foi a conquista possível nesse momento, portanto parabéns à luta e viva aos servidores pela garra”, ressaltou.

Na pauta da saúde, as vereadoras Ana Paula (PDT) e Adriana Nossa Cara (PSOL), ressaltaram visita feita ao Instituto Dr. José Frota (IJF).

“Havíamos recebido denúncias sobre as condições de trabalho na unidade e lá verificamos a ausência de insumos e que os profissionais estão se desdobrando para atender a demanda. Eram apenas 2 técnicos de enfermagem para atender 30 pacientes. E a justificativa dada foi a a questão do financiamento de saúde e do repasse não ter sido feito pelo Governo Federal”, informou Ana Paula.

“Na fila do corredor haviam pacientes esperando cirurgia há quinze dias. Os enfermeiros e enfermeiras estavam prestando atendimentos vestidos de saco pois não tinham o EPI adequado para trabalhar. E a gente teve oportunidade de conversar com o novo superintendente e a justificativa é a falta de recursos a nível federal para manter a unidade, mas não podemos cruzar os braços e se está faltando recurso, o prefeito precisa ir atrás”, apontou Adriana.

Em resposta, o vereador Adail Júnior (PDT) afirmou que além da falta do repasse de recurso, a unidade é sobrecarregada com o atendimento de pacientes vindos de todo o Estado. “Não é justo fazer análise sem fazer um percentual de quantos fortalezenses tem no IJF e quantos vem do Estado do Ceará. E quem paga ? a Prefeitura de Fortaleza. Os repasses tão zero”, afirmou.

Foto: Érika Fonseca