Vereadora se manifesta contra a aprovação do Novo Ensino Médio

21/03/2024 - Ana Clara Cabral

Vereadores usam a tribuna para fazer solicitações de demandas municipais

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (21), a vereadora Anna Karina (Psol) usou o tempo do Pequeno Expediente para se manifestar contra a aprovação do Novo Ensino Médio proposto pelo Governo Federal. Segundo ela, a aprovação acontece de uma maneira “indigesta, sem o diálogo com estudantes, com professores e professoras”.

Ela explica: “o Novo Ensino Médio piorou o trabalho dos professores e professoras, sobrecarregando com salas de aulas cada vez mais lotadas e com várias disciplinas para lecionar mesmo sem formação para isso. A gente precisa continuar lutando pela revogação do Novo Ensino Médio”.

Também no Pequeno Expediente, Moura Taxista chamou a atenção para o serviço do Instituto de Peso e Medida, segundo ele, fechado há mais de um mês. “Como que fica a fiscalização das bombas de combustíveis, das balanças de mercado? Estamos com um número exorbitante de taxistas que não conseguem mais fazer a vistoria da Etufor porque não tem aferição do taxímetro obrigatória anual e estão sendo multados”.

O vereador Adail Júnior (PDT) foi à tribuna para solicitar mais ônibus operando na linha 216 do bairro Antônio Bezerra. “Apenas um ônibus operando. Isso é inadmissível num bairro tão grande quanto o Antônio Bezerra, onde as pessoas que antes saíam de casa às 5h30, agora saem de casa às 4h30”, explicou.

Jorge Pinheiro (PSDB) agradeceu à Comissão de Saúde pela aprovação do projeto nº 434/23, que altera o estatuto da pessoa com deficiência, a fim de incluir as pessoas com fibromialgia: “várias pessoas estão sendo diagnosticadas com fibromialgia, uma doença incapacitante que afeta o sistema músculo-esquelético, trazendo fadiga intensa, cefaléia, dores intensas”. Por fim, solicitou à Comissão de Direitos Humanos celeridade na tramitação do projeto nº 228/21, que trata da Política Municipal dos Direitos das Pessoas com Fibromialgia.

Saudando as mães e sobreviventes da chacina do curió presentes na Câmara Municipal nesta manhã, a vereadora Adriana Nossa Cara (Psol) pediu ajuda dos parlamentares e assessores para que o grupo pudesse ir ao 7º Encontro Nacional de Familiares de Vítimas de Chacinas e Assassinatos, que será em Pernambuco. “Desde 2015 elas lutam por justiça e pela memória da vida dos seus filhos, maridos e entes. A gente precisa rever as práticas que tem exterminado a nossa juventude periférica, da população negra, pobre. Quando uma pessoa é assassinada, a família toda perde, o estado perde. Em vez de uma cultura de paz, criamos uma cultura de morte”, concluiu.

O vereador Márcio Martins (SD) anunciou que será realizada no dia 3 de abril uma audiência pública no Benfica para discutir, juntos dos moradores e órgãos competentes, assuntos como a poluição sonora, licenças para ambulantes, e trânsito local. “Já começamos hoje a oficiar Agefis, Seuma, Regional 4, AMC, Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Ambiental, Polícia Civil, Ministério Público. Todos os órgãos envolvidos para que a gente possa entregar um programa de transformação do bairro Benfica”, disse.

A vereadora Adriana Almeida (PT) fez menção ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, e convidou a todos para sessão solene de entrega da Medalha Dom Helder Câmara ao Rubens Linhares, mais conhecido como Rubinho, do Partido dos Trabalhadores. “Decidimos entregar hoje para que a gente possa discutir sobre a necessidade de acabar com o capacitismo, dar oportunidade para as pessoas que têm algum tipo de deficiência, como Rubinho, que possui nanismo”. O evento acontecerá às 18h.

Finalizando o Pequeno Expediente, Léo Couto (PSB) foi à tribuna para pedir resposta sobre consórcio da Prefeitura que foi renovado com as mesmas empresas com aumento de 90 milhões. O parlamentar solicitou que a regional informe como é fiscalizada as horas trabalhadas para esse consórcio.

Foto: André Lima