Vereadora apresenta projeto de Marielle Franco para criação de espaço infantil noturno

14/03/2024 - Anna Regadas

A medida visa garantir às mães e pais que estudam ou trabalham em período noturno, um local seguro e acolhedor para deixar seus filhos.

Destacando a importância do Poder Público para garantir às mães e pais que estudam ou trabalham em período noturno, um local seguro e acolhedor para deixar seus filhos, a vereadora Adriana Nossa Cara (PSOL), apresentou na manhã desta quinta-feira, 14, projeto que solicita a criação de espaço infantil coruja na cidade de Fortaleza. A matéria foi uma reprodução da iniciativa da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em 2018.

“O projeto é para que as mães e pais que trabalham ou estudam em período noturno tenham com quem deixar as suas crianças de forma segura e acolhedora. E atende principalmente a população pobre e favelada da nossa cidade, que muitas vezes perdem seus empregos por não terem com quem deixar suas crianças quando saem para trabalhar”, apontou.

Adriana destacou que ao todo foram protocolados pelo seu mandato, 12 projetos de iniciativa da Marielle Franco. Dentre eles, o que solicita do Executivo, a criação de um dossiê municipal com dados sobre a violência contra a mulher na cidade de Fortaleza e a criação de casas de parto, a fim de garantir o atendimento humanizado às gestantes, atuando de maneira complementar às unidades de saúde existentes.

“Além dos projetos de Marielle, apresentamos também iniciativa para que no dia 14 de março seja o dia Marielle Franco de enfrentamento à violência política contra as mulheres negras, LGBTs e periféricas. E protocolamos hoje um projeto em conjunto com a vereadora Anna Karina para instituir a Política Municipal de enfrentamento à violência política de gênero e raça. Esse PL tem diretrizes para garantir o pleno exercício dos direitos das mulheres, sobretudos das mulheres negras”, afirmou.

A vereadora Adriana ainda lamentou a morte da Marielle e cobrou respostas, ressaltando que a parlamentar tornou-se um símbolo de luta contra a violência politica de gênero e raça. “Mais um dia 14 de março, o sexto ano que perguntamos quem mandou matar Marielle Franco. Seis anos sem resposta é tempo demais. Uma mulher negra, mãe, filha, esposa, cria da favela da Maré, socióloga com mestrado em administração pública. Foi eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos. E em março de 2018 foi assassinada em um atentado ao carro onde estava. Foram 13 tiros que atingiram o veículo, matando também o motorista Pedro Anderson Gomes”, relatou.

Foto: Érika Fonseca