O aumento dos casos de infecção por influenza e a conclusão da Campanha de Vacinação da Gripe de 2021 colocou em alerta a população em torno da imunização contra a nova variante da H3N2. Em informe publicado na terça-feira (4), o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina contra a influenza, assegurou a produção de 80 milhões de doses para a campanha de 2022 no Sistema Único de Saúde (SUS), com a previsão de entrega para o mês de março.

A vacina, segundo o Butantan, vai contar com as cepas H3N2 , H1N1 e B. “Já produzimos 100% do IFA do H1N1 em setembro. Estamos em vias de terminar o IFA da cepa B e em janeiro começamos a produzir o IFA do H3N2. Na primeira quinzena de fevereiro está previsto o início das formulações e do envase”, diz o diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira.

Com um esquema de vacinação sazonal, o imunizante é modificado a cada ano, baseado nos três subtipos do vírus influenza circulantes no último ano no hemisfério Sul monitorados e indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informa o Instituto.

Vacina 2022 – A nova versão da vacina da influenza conta com as cepas H3N2 (Darwin), H1N1 e B em sua formulação, que precisaram ser importadas da Europa. A que se manteve a mesma foi a H1N1 e, por isso, foi a primeira a ser trabalhada pelo Butantan ainda em setembro.

Campanha da Gripe 2021

Em Fortaleza, a Campanha de Vacinação contra a Gripe 2021 foi encerrada com mais de 820 mil doses aplicadas, alcançando 84,4% do público-alvo da Capital. A última campanha iniciou em 12 de abril e foi dividida em três fases, contemplando, inicialmente, grupos prioritários. A partir do dia 12 de junho foi ampliada para a população geral. Em 2021, o vírus H3N2 apresentou uma nova variante, chamada de Darwin. Para esta, ainda não há vacina disponível.

Confira as etapas da Campanha de Vacinação contra a Gripe 2021

1ª fase: crianças (6 meses de idade a menores de 6 anos), gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde;

2ª fase: Idosos a partir de 60 anos e professores;

3ª fase: portadores de comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, rodoviário, urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas;

E por fim a liberação para o público em geral.

Foto: Érika Fonseca