Vacinas da AstraZeneca e Pfizer reduzem pela metade a transmissão do vírus, indica estudo
if (has_excerpt()): ?>Após três semanas da aplicação dos imunizantes, os indivíduos apresentaram entre 38% e 49% menos probabilidade de transmitir o vírus do que pessoas não vacinadas.
Um novo estudo realizado pela Public Health England (PHE), agência governamental de saúde pública do Reino Unido, aponta que uma única dose da vacina contra a covid-19 das farmacêuticas Pfizer-BioNTech ou Oxford/AstraZeneca pode reduzir a transmissão doméstica do vírus pela metade.
Segundo dados da pesquisa, as pessoas que receberam a primeira dose dos imunizantes citados e que foram infectados após três semanas da vacinação, tinham entre 38% e 49% menos probabilidade de transmitir o vírus do que pessoas não vacinadas.
No Brasil, por exemplo, estão sendo aplicadas duas vacinas, Coronavac e a de Oxford/AstraZeneca, sendo a última uma das vacinas inclusas na pesquisa do Reino Unido. Um lote da Pfizer-BioNTech contendo 1 milhão de imunizantes chega ao país nesta quinta-feira (29) e será utilizada pela primeira vez nos brasileiros.
Sobre a pesquisa
No estudo, a proteção contra a covid foi observada após 14 dias da vacinação, apresentando níveis semelhantes independentemente da idade dos vacinados. O órgão acrescentou que esta proteção se soma ao risco reduzido de uma pessoa vacinada desenvolver infecção sintomática, em torno de 60 a 65%, quatro semanas após uma dose de qualquer uma dessas vacinas.
“As vacinas são vitais para nos ajudar a voltar a um estilo de vida normal. As vacinas não apenas reduzem a gravidade da doença e evitam centenas de mortes todos os dias, agora vemos que também têm um impacto adicional na redução da chance de passar a covid-19 para outras pessoas”, ressaltou Mary Ramsay, chefe de imunização da PHE.
Evidencia-se que as casas com famílias são locais de alto risco de transmissão, o que significa que o estudo fornece evidências iniciais sobre o impacto das vacinas na prevenção da transmissão, informou a PHE.
Apesar da nova descoberta, é importante reforçar que as pessoas vacinadas com esses imunobiológicos continuem a praticar uma boa higiene das mãos, uso contínuo da máscara e seguindo as orientações de distanciamento social.
Estudos anteriores atentam que as vacinas Pfizer-BioNTech e Oxford-AstraZeneca são altamente eficazes na redução de infecções por covid-19 entre pessoas mais velhas, com 10,4 mil mortes evitadas em maiores de 60 anos no fim de março.
Contente com os resultados apresentados pela nova pesquisa do Reino Unido, a aposentada Lúcia Lima de 64 anos, uma das cearenses a tomar a vacina da farmacêutica Oxford/AstraZeneca, ainda no começo do mês de abril, comemora a descoberta feita pelos pesquisadores.
“Tomei minha dose da vacina Astrazeneca no dia 2 de abril e de lá para cá já são 27 dias de proteção contra a covid-19. Apesar de já ter tomado uma dose, eu ainda continuo com as medidas de proteção. Minha última dose está agendada para julho, mas já comemoro a eficácia desse imunizante”, declarou Lúcia.
Foto: REUTERS/Sergio Perez