Vacina renova a fé e a esperança da população para vencer a guerra contra a Covid-19

25/02/2021 - Câmara Municipal de Fortaleza

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 200 pesquisas estão em andamento no mundo

Vacinação H1N1

A corrida para a descoberta e produção, em tempo recorde, de imunizantes contra Covid-19 mobilizou cientistas de todo o mundo e trouxe a esperança que a cura para a maior doença do século ocorra em um tempo breve. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 200 pesquisas estão em andamento no mundo, algumas em processo bem avançado, e outras já concluídas, e com as vacinas sendo aplicadas, inclusive no Brasil, que está utilizando as vacinas da Pfizer/Biontech, Oxford/AstraZeneca e CoronaVac, aprovadas pela Anvisa.

Para o professor da Universidade Federal do Ceará, Edson Teixeira, a ciência conseguiu dar uma resposta muito rápida e eficiente se forem observados dados onde a vacinação está acelerada. “Vemos a redução de número de casos, mortes e internações. A ciência mais uma vez responde e, dessa vez de forma muito rápida, a demandas sociais importantes. Devemos sempre lembrar disso e valorizar investimentos em ciência e tecnologia, além das universidades,” pontua.

Ele observa que os dados iniciais relatados em Israel comprovam o sucesso da imunização no controle da pandemia. Afirma que os israelenses estão utilizando a vacina da Pfizer, mas diz esperar que todas as demais funcionem de forma semelhante. “Os estudos vem evidenciando que até agora somente a vacinação nos ajudará a superar essa pandemia. Mas o resultado esperado das vacinas, no momento, é não adoecer ou não apresentar gravidade. Não sabemos ainda se essas vacinas vão impedir transmissão antes de atingir a imunidade de rebanho. Logo, como é possível a pessoa vacinada ainda transmitir para indivíduos que não se vacinaram ainda, é preciso ainda manter os cuidados até que os números da epidemiologia finalmente nos apresentem a redução da transmissão. Mas todos nós devemos manter nossa esperança na eficiência e eficácia da vacina”, enfatiza.

A terapeuta ocupacional Luísa Helena de Almeida Savir, já tomou as duas doses da vacina CoronaVac e não sentiu nenhuma reação adversa, apenas um pouco de dor no local da aplicação. “Estou esperançosa com a CoronaVac, apesar da eficácia ser de 50% segundo a Anvisa. Mas minha preocupação atual é em relação as variantes da doença que estão surgindo. Por isso, os cuidados continuam. Acho que agora mais do que nunca todos nós devemos manter os cuidados pessoais e com as outras pessoas, até porque essas variantes são mais agressivas e mesmo vacinados não estamos imunes a elas,” comenta.

Para a aposentada Marisete Costa farias, 89 anos, ter tido a oportunidade de receber a primeira dose da vacina contra Covid-19 lhe encheu de esperança que a cura está próxima para todas as pessoas. “Me sinto feliz de ter sido imunizada com a primeira dose da vacina. É um sinal de esperança em meio a um contexto tão ruim que estamos vivemos, com tantas pessoas morrendo, é uma nova esperança para todos nós”, destaca.

Vacinas em uso no mundo:

Moderna – A vacina contra a Covid-19 é produzida pela companhia americana de biotecnologia Moderna. A empresa pretende produzir um mínimo 1 bilhão de doses em 2021.

Oxford-AstraZeneca – A substância é fabricada pela farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Para este ano a meta é disponibilizar cerca de 3 bilhões de doses em 2021. A vacina da Oxford e da AstraZeneca é a priorizada pelo governo brasileiro para a imunização contra a Covid-19.

BioNTech-Pfzer – Primeira vacina contra o coronavírus autorizada para uso na UE, a produzida pela firma alemã de biotecnologia Biontech e a gigante farmacêutica americana Pfizer. A meta é produzir 1,3 bilhão de doses para uso global em 2021

Sputnik V – Em agosto de 2020, a Rússia se tornou o primeiro país a aprovar uma vacina, antes da fase 3 de testes, que normalmente dura meses e envolve milhares de pessoas. Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya e o Ministério da Saúde da Federação Russa, a droga tem produção financiada pelo Fundo Soberano da Rússia (RDIF). Mais de 50 países encomendaram mais de 1,2 bilhão de doses.

Sinopharm – No início de janeiro de 2021, agências reguladoras concederam licença “condicional” para uma vacina desenvolvida na unidade de Pequim da China National Pharmaceutical Group Corporation, ou Sinopharm.  A capacidade é de produzir 1 bilhão de doses até o fim de 2021.

Coronavac – Assim como a da Sinopharm, a Coronavac, vacina contra o vírus Sars-Cov-2 da Sinovac, sediada em Pequim, já sendo ministrada à população.

Covaxin – A indiana Bharat Biotech International Limited desenvolveu a Covaxin, aprovada em caráter de emergência na Índia em 3 de janeiro de 2021, juntamente com a vacina da Oxford-AstraZeneca. Em 2021, a empresa planeja fabricar cerca de 700 milhões de doses.

Foto: Érika Fonseca