Ceará garantiu teste de diagnóstico da Covid-19 para doadores de órgãos

20/08/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

Durante o primeiro semestre foram realizados 446 transplantes no Estado

Destaque na política de transplante, o Governo do Estado assegurou a continuidade do programa de doação de órgãos durante a pandemia. Na garantia de todas as medidas de segurança no ambiente hospitalar, o Ceará foi o primeiro estado a realizar o teste de diagnóstico da Covid-19 (RT-PCR) para todos os doadores de órgão.

Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), apesar da redução nos programas de transplantes devido aos efeitos da pandemia, no primeiro semestre foram realizados 446 transplantes e, deste total, 212 foram de córnea.

“O momento também é de agradecer os profissionais da saúde envolvidos no processo de doação e transplante. Agradecemos também a solidariedade do povo cearense neste momento”, disse a Coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa.

Com a redução dos números de infectados com o novo coronavírus e a proporcional desocupação dos leitos de UTIs, o Governo do Estado já vem gradualmente retornando as atividades para a retomada dos procedimentos de transplantes e doações com o objetivo de continuar salvando vidas.

A redução na captação de órgãos seguiu, segundo a Sesa, as recomendações do Ministério da Saúde em nota técnica nº 25/2020, ficando suspensas a busca ativa e captação de doadores. A realização de transplantes, conforme a Secretaria, só ocorriam em situações de urgência, após investigação laboratorial confirmatória para SARS-CoV-2. Atualmente o estado do Ceará conta com 983 pessoas na fila de espera para receber um novo órgão.

Coordenadora da Central de Transplantes, Eliana Barbosa

Para ser um doador:

  • Declarar para a família o desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos;
  • Ser uma pessoa juridicamente capaz (maior de 18 anos ou menor emancipado);
  • Apresentar bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante);

No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Um doador pode salvar cerca de oito vidas.

Tipos de doadores

  • Doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.
  • Doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Informações: Secretaria de Saúde do Ceará e Governo Federal

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil