Aos poucos a rotina dos brasileiros vai voltando ao normal, momento mais que esperado para o esporte. Durante o isolamento social os treinos foram reduzidos, as atividades passaram a ser realizadas dentro de casa. Mas para esses atletas cearenses isso não foi motivo para baixar a cabeça, mas sim de focar ainda mais nos seus objetivos.

E motivação é o que não falta na rotina do maratonista Messias Almeida. O atleta fala dos resultados no atletismo com um olhar no futuro. Aos 34 anos, com um misto de alegria e expectativa de novos resultados, ele comemora a conquista de 116 pódios por categoria e modalidade geral.

“Temos que ter capacidade de não desistir, mesmo no meio da tribulação entendi que não devemos desistir. Olhe um pouco pra traz e veja as suas conquistas. O mundo não acabou, continuem acreditando. Sabemos que os treinos são muitos dolorosos, mas isso vai passar”.

Como profissional de alto rendimento, Messias fala das dificuldades que a pandemia trouxe mas que segue trabalhando no fortalecimento do atletismo. “O momento é difícil para todos os atletas que vivem de premiações e não podemos deixar de treinar”. E nesta corrida diária, Messias Almeida, fala do apoio da família e da equipe, e como o suporte profissional nos treinos vem sendo importante para manter a força e o foco no futuro.

Realidade também vivida pelo atleta Dicson Falcão, que retornou aos treinos externos e espera minimizar o impacto do isolamento na preparação de futuras competições. Em 2019 o cearense conquistou o primeiro lugar na meia maratona Star Wars da Disney, subindo ao pódio pela segunda vez. Em 2018 ficou em segundo lugar na mesma competição.

“Nossos treinos já estão retomando de forma satisfatória, só a máscara que ainda é um limitador de treinos que visam a performance. No período de isolamento e lockdown ficamos treinando apenas fortalecimento funcional em casa. Tivemos que mudar todos os planejamentos em relação às provas, agora o foco é treinar e melhorar gradativamente para minimizar o destreinamento do período de isolamento”, destacou Dicson Falcão.

Futuro do esporte

Aos 17 anos, a velejadora Sculi Emile fala das limitações que o isolamento impôs e como o apoio da família e amigos foi um fator importante para continuar os treinos, mesmo que virtuais. “Como atleta nós entramos em contato com muitas pessoas, usar a tecnologia para fazer isso foi bem difícil. A gente precisa ter um controle bem da vida e se sair bem em tudo que você vai fazer. Ás vezes a gente fica assustados e frustado mas devemos manter o foco”.

Sculi fala da expectativa para o esporte à vela na pós-pandemia, mas também a serenidade necessária para o momento. “A pandemia afetou todos os esportes. Tentamos trabalhar a parte emocional para não nos abatermos e agora estamos tentando voltar com os treinos e num futuro voltar a competir”.

A velejadora integra o Programa Bolsa Esporte da Secretaria de Esportes e Juventude (Sejuv) e reforça o papel do apoio do poder público, principalmente durante a pandemia. “O Bolsa Esporte tem sido muito importante. A Vela está tendo um reconhecimento, isso nos dá esperança de um futuro melhor para o esporte”, destacou.

Competições e treinos

A Secretaria do Esporte e Juventude (Sejuv) ressaltou os cuidados com a retomada das atividades esportivas no Estado, e que vem seguindo as recomendações das autoridades de saúde. A Sejuv informou que foram elaborados protocolos específicos para os equipamentos da Sejuv, como também ao desenvolvimento dos núcleos esportivos e dos eventos. Também estão em constante adaptação os Editais para seleção dos parceiros que vão executar os eventos que puderem ser realizados, e estudos para mudança na forma como são feitas as capacitações, de modo que sejam oferecidas à distância.