Covid-19: segunda fase da pesquisa realiza testes rápidos em 113 bairros de Fortaleza

10/07/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

Serão mais 3.300 testes, sendo 550 por Regional, como ocorreu na primeira fase. Além dos testes rápidos, a segunda fase do estudo científico contará também com o exame RT-PCR

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), iniciam nesta segunda-feira (13) a segunda fase da “Pesquisa de Soroprevalência da Covid-19 na cidade de Fortaleza.” O levantamento é executado pelo Instituto Opnus e será realizando em 113 bairros das seis Regionais da Cidade. Serão mais 3.300 testes, sendo 550 por Regional, como ocorreu na primeira fase.

Segundo a Secretaria de Saúde de Fortaleza, a distribuição, por bairro, não é igualitária, pois os que contam com maior taxa de contaminação individual recebem mais testagens. Além dos testes rápidos, a segunda fase do estudo científico contará também com o exame RT-PCR. A primeira fase estimou que 370 mil fortalezenses já estão imunes ao novo coronavírus.

Da lista de bairros participantes da pesquisas, receberão 200 testes os seguintes:  Na Regional I, a Barra do Ceará e o Pirambu-Cristo Redentor; Na Regional II, o Vicente Pinzon/Cais do Porto e o Meireles/Aldeota; Na Regional III, o Quintino Cunha e o Autran Nunes/Dom Lustosa; Na Regional IV, a Parangaba e o Itaperi/Serrinha; Na Regional V, a Granja Lisboa/Granja Portugal e o Planalto Ayrton Senna/José Walter e na Regional VI, o Jangurussu/Conjunto Palmeiras e a Messejana/Barroso.

De acordo com a SMS, será testado um morador por casa, que será escolhido por sorteio entre os residentes. Outra informação é que a pesquisa não está levando em consideração o recorte específico da população. Então os testados poderão ser de todas faixas etárias, gêneros com ou sem comorbidades. Já os menores de idade e incapazes, só poderão fazer o teste com a autorização do responsável.

O objetivo do inquérito sorológico, conforme a SMS, é: estimar o percentual de fortalezenses com anticorpos para o novo coronavírus; o índice de pacientes assintomáticos; e obter números precisos sobre a letalidade da doença na Capital. Os números também poderão esclarecer como funciona a dinâmica da doença. Para a pasta, sabendo quantas pessoas já tiveram contato com o vírus e desenvolveram anticorpos, será possível mensurar quantas estão suscetíveis a pegar.

Primeira fase

Na primeira fase da pesquisa, realizada entre os dias 02 e 15 de junho, foram aplicados 3.300 testes rápidos em moradores de 39 bairros da Capital. No final foi estimado que cerca de 370 mil pessoas já estariam imunes à doença, ou seja, 14,2% da população. O estudo é considerado o maior do tipo já feito no Brasil e é realizado em três etapas englobando os 121 bairros da cidade. Os domicílios são selecionados de maneira sistemática e a escolha do morador a ser testado foi feita por sorteio.

A pesquisa é aplicada através de questionários e testes rápidos. A avaliação feita após a primeira fase, é que a Capital está chegando cada vez mais a uma estabilização do número de casos, o que proporciona uma segurança epidemiológica. Participam da testagem mais de 250 profissionais, entre agentes comunitários, enfermeiros e pesquisadores. Todos os envolvidos são identificados com crachá, utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e adotam protocolos recomendados pelos órgãos de saúde. A data de realização terceira e última fase da pesquisa ainda não foi divulgada.

Foto: Érika Fonseca