Covid-19: conheça os tipos de máscaras e saiba como usar

03/06/2020 - Ana Clara Cabral

Que tipos de máscaras existem? Qual é a mais adequada para uso? Como higienizar? Entenda aqui.

O uso de máscara de proteção passou a ser obrigatório a todos os cidadãos desde o dia 6 de maio no Ceará, após decreto do governador Camilo Santana. Aliado a esta medida, o isolamento social rígido em Fortaleza também foi implantado, suspendendo o funcionamento de atividades não essenciais. Estas fazem parte de um conjunto de ações que objetivam diminuir o risco de infecção do novo coronavírus na sociedade.

A transmissão do vírus acontece por gotículas suspensas no ar quando pessoas infectadas conversam, tossem ou espirram. E conforme garante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, essas gotículas podem ter sua formação diminuída pelo uso de máscaras, que “atuam como barreiras físicas, diminuindo a exposição e o risco de infecção para a população em geral”. Saiba mais sobre as máscaras faciais:

Máscaras cirúrgicas

Fabricadas em TNT de uso médico-hospitalar, devem possuir uma manta filtrante que assegure a sua eficácia em filtrar microrganismos e reter gotículas. A máscara desse tipo deve ser descartada logo após o uso.

A recomendação é que para removê-la, manuseie o elástico ao redor das orelhas, não toque não a parte frontal da máscara e jogue fora imediatamente em um saco papel ou plástico fechado ou em uma lixeira com tampa.

Apesar de ter um elemento filtrante, a máscara cirúrgica não protege adequadamente o profissional de saúde porque não mantém uma vedação adequada, como as máscaras N95 e PFF2.

Máscaras N95/PFF2

Tecnicamente chamados de respiradores, esses tipos de máscaras cobrem o nariz e a boca, proporcionando uma vedação adequada sobre a face do usuário. Este equipamento de proteção deve ser reservado aos profissionais de saúde, segundo indicação da Anvisa. Possuem um filtro eficiente que reduz a exposição respiratória a gotículas, bactérias e fungos, a depender de sua classificação.

Em ambiente hospitalar, a máscara deve ter um filtro com aprovação mínima PFF2/P2 (seguindo as normas brasileiras ABNT/NBR), cuja eficiência mínima de filtração é de 94%, ou N95 (seguindo a norma americana), com eficiência mínima de 95%.

Máscaras caseiras de tecido

Segundo o Ministério da Saúde, a máscara caseira pode ser uma barreira física para a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou boca no ambiente, podendo auxiliar na mudança de comportamento da população e diminuição de casos, desde que utilizada de forma correta. Esse tipo de máscara já pode ser encontrado nos supermercados, além de diretamente com os pequenos empreendedores que fabricam e vendem on-line.

Para que o uso da máscara caseira possa ser eficiente, o Ministério da Saúde recomenda que ela seja feita nas medidas corretas (21 cm altura e 34 cm largura), cobrindo totalmente a boca e nariz, sem deixar espaços nas laterais. Deve haver ainda a higienização correta, além do uso dos tecidos com maior capacidade de filtragem de partículas virais. São eles:

  • Tecido de saco de aspirador
  • Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%)
  • Tecido de algodão (como camisetas 100% algodão)
  • Fronhas de tecido antimicrobiano

Cuidados com a higienização:

  • Após lavar as mãos, remova a máscara pegando pelo laço ou nó da parte traseira, evitando de tocar na parte da frente.
  • Faça a imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) por 30 minutos. A proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Por exemplo: 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável).
  • Após o tempo de imersão, realizar o enxágue em água corrente e lavar com água e sabão.
  • Após lavar a máscara, higienize as mãos com água e sabão.
  • A máscara deve estar seca para sua reutilização.
  • Após secagem da máscara, passe o ferro quente e acondicione em saco plástico.

Com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Ministério da Saúde

Foto: Érika Fonseca