Coronavírus: profissionais se reinventam durante a pandemia

05/05/2020 - Rochelle Nogueira

Com a necessidade de muitos profissionais ficarem em casa, devido a pandemia de coronavírus, muitos precisaram se reinventar neste período de isolamento social.

Uma crise financeira não é algo fácil de ser vencida. Com a pandemia do novo coronavírus que acomete o mundo, o desaquecimento da economia trouxe consequências para a população, o que levou muitas pessoas a se reinventarem como profissionais.

É o caso da cabeleireira Aldaisa Neri, 42 anos, moradora da Barra do Ceará. Como não teve mais como abrir o seu salão de beleza, Aldaisa precisou colocar em prática seus antigos talentos como maneira de reaver financeiramente recursos para manter a família.

“Aqui em casa a gente tá se virando como pode. Eu estou sem trabalhar, como a maioria das pessoas, estou me virando do jeito que sei fazer colocando minhas habilidades em prática. Faço bolo pra vender e faço máscaras para ajudar na economia de casa, pois nesse momento ficamos sem muito dinheiro”, disse.

Outra profissão que precisou passar por renovação foi a dos professores. Com uma vida agitada dentro das salas de aula, professores usavam suas habilidades para manter os estudantes em constante sintonia com o conteúdo a ser aprendido. No entanto, com a mudança das salas presenciais para as virtuais, muitos tiveram que buscar juntos com os alunos, novos aprendizados desta vez na área tecnológica.

“Nós professores precisamos nos reinventar todos os dias. Antes nós tínhamos uma metodologia, trabalhávamos de maneira tradicional e agora precisamos da tecnologia para isso. Com a chegada da pandemia e com as aulas sendo dadas de maneira online, precisamos reaprender a dar aulas, a prender a atenção dos alunos. Tivemos que buscar conhecimento para usar dos artifícios tecnológicos nas aulas”, ressaltou.  Alvernes destacou que muitos professores tinham o pé atrás com o uso da tecnologia em sala de aula, com a chegada da pandemia se tornou um item necessário para a condução das aulas escolares.

Foto de arquivo pessoal.

A vendedora de uma loja de moda feminina no Centro Fashion em Fortaleza, Patrícia Mendes, 33 anos, reforçou o trabalho em equipe para manter as vendas da loja na plataforma digital. Antes da pandemia os atendimentos aconteciam presencialmente e online, agora as vendas ocorrem pelo Instagram da loja e por telefone. “A cliente entra em contato com a gente e nós enviamos um catálogo para ela com as peças. Despachamos as encomendas via motoboy, caso seja em Fortaleza, ou via correio para todo o Brasil”, ressaltou a vendedora. O noivo de Patrícia também precisou se reformular. Ela conta que ele trabalhava na área da construção civil, mas com a proliferação do vírus passou a atuar como motorista de aplicativo fazendo entregas de alimentação, roupas e particulares.

Foto: Arquivo pessoal