A Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) iniciou a instalação de contêineres de refrigeração em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais, para colocação de corpos de pessoas falecidas pelo Covid-19, retirando os mesmos do ambiente hospitalar. A iniciativa é uma medida de segurança e prevenção ao aumento da propagação do novo coronavírus na Capital. Segundo a Secretaria de Saúde do Município, os equipamentos serão utilizados, caso necessário, para preservar o corpo de pacientes falecidos, até o sepultamento.

Os equipamentos estão sendo instalados nas UPAS dos bairros Vila Velha, Cristo Redentor, Bom Jardim, Itaperi, Jangurussu, já a UPA do Édson Queiroz não receberá equipamento, por falta de espaço físico no seu entorno. Cada contêiner tem capacidade de receber até 18 corpos e são refrigerados com temperatura de 9 graus, para preservar os corpos até o sepultamento.

A medida é para cumprir uma determinação e orientação do Ministério da Saúde para a conservação e armazenagem dos corpos das vítimas do Covid-19. O Ministério criou parâmetros para evitar contato de profissionais e pacientes com os corpos das vítimas fatais pela doença, impedindo a propagação do vírus dentro das unidades. Até esta segunda-feira (4), Fortaleza contava com 6.677 casos confirmados de Covid-19 e 18.454 em investigação, com 540 óbitos, o que representa uma letalidade de 8,1%.

Cemitérios proibidos

A Prefeitura de Fortaleza também decidiu proibir visitas a cemitérios públicos durante o atual período de distanciamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida, segundo a gestão municipal, é uma forma de evitar aglomeração de pessoas nesses locais principalmente no Dia das Mães, que acontecerá no próximo domingo (10).

Conforme o Executivo, o acesso só será liberado para sepultamentos, sendo vedada a realização de velórios. Os sepultamentos só poderão ser acompanhados, por no máximo dez pessoas. Além disso, os presentes deverão estar de máscaras, respeitar a distância de dez metros do local do jazigo ou cova e de dois metros entre si.

Foto: Érika Fonseca