Ao fazer uso do Grande Expediente, na sessão ordinária desta terça-feira, 26, o vereador Sargento Reginauro (sem partido), apontou o aumento de 95% do valor da tarifa de iluminação pública do município de Fortaleza, comparando o período de 2013 a 2018. O parlamentar ainda apresentou os números de arrecadação da Prefeitura com as multas de trânsito, que passou de R$ 35 milhões em 2013 para R$ 488 milhões no ano de 2018, e questionou a destinação dos recursos.

“Desde o primeiro dia que cheguei nesta Casa venho tentando discutir os números apresentados pelo prefeito Roberto Cláudio, pois os dados que ele mostra é de uma saúde e uma educação que estão muito bem, mas precisamos trazer esses números para a vida real. O que eu vejo são vários problemas nessas áreas com falta de infraestrutura, várias comunidades inundadas com as chuvas e sofrendo”,afirmou.

Segundo o parlamentar, a receita arrecadada com a iluminação pública também não condiz com a realidade que é vivenciada na periferia da cidade. “Houve um aumento de 95% da tarifa da iluminação pública. Você paga para ver uma cidade cada vez mais escura. São ruas mal iluminadas principalmente na periferia”, criticou.

Sargento Reginauro chamou a atenção para o crescimento no valor arrecadado, chegando em um aumento de 95% ao longo dos últimos cinco anos. No período de 2013 o valor arrecadado foi de R$ 112 milhões e em 2018 passou para R$ 220 milhões.

O vereador também apresentou os valores arrecadados com as multas de trânsito. “Houve um aumento de quase 300%. Em 2013, a Prefeitura arrecadou R$ 35 milhões. Em 2014: R$ 48 milhões, em 2015: R$ 58 milhões, em 2016: R$ 88 milhões, em 2017: R$ 121 milhões e em 2018: R$ 488 milhões. Esse dinheiro tem que ser investido no trânsito, mas onde que a gente vê campanha educativa para o motorista de Fortaleza? Não tem, por que não se quer educar e reduzir esse número, e sim arrancar cada vez mais do bolso do cidadão”, argumentou o parlamentar.

O parlamentar aproveitou a fala para cobrar do Executivo a atenção devida para as famílias do Conjunto Barroso e do Conjunto João Paulo II, que foram afetadas pelas chuvas. “A gestão precisa compreender que não dá para esperar, a população está pedindo socorro. Nós estamos fazendo campanhas nas redes sociais para ajudar essas pessoas, porém o mais grave compete à Prefeitura e ao Governo do Estado”, ressaltou.