A vereadora Larissa Gaspar (PT) usou o tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta terça-feira, 10, para destacar sua luta contra o uso exclusivo do serviço de autoatendimento do transporte público em Fortaleza. De acordo com a parlamentar, é um absurdo que a Prefeitura permita que pessoas continuem sendo expulsas dos ônibus por não portarem o cartão recentemente obrigatório. “Recusar pagamento pela moeda em curso é crime, além de desencadearem um serviço público sem qualidade e atrapalharem o direito de ir e vir de cada cidadão”, criticou.

A vereadora afirmou enviar à Secretaria de Conservação os boletins de ocorrência por agressões ao expulsar as pessoas do coletivo, bem com abaixo assinado para a resolução do problema que tem constrangido a população. Ela completou: “a tecnologia deve vir para beneficiar, não para prejudicar. A população está sofrendo humilhação, se atrasando e perdendo compromissos por causa disso”. A parlamentar pediu aos vereadores da base governista na Casa, que marquem um reunião com o prefeito para resolver a situação.

Além disso, Larissa Gaspar é autora do Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município nº 2/2019, que torna obrigatória a presença de um cobrador em cada ônibus para auxiliar em atividades como a cobrança da passagem quando necessário, orientação e auxílio para pessoas com mobilidade reduzida. A emenda aguarda tramitação em reunião da Comissão de Constituição e Justiça. “Com essa matéria, garantimos também a segurança de todos dentro do transporte, assegurando a atenção do motorista na direção durante o trajeto”, disse.

Grande Expediente

Ainda durante a sessão ordinária desta manhã, a vereadora cobrou que medidas de preservação do Meio Ambiente sejam levadas a sério no município. De acordo com ela, legislação que proíbe construções a menos de 30 metros em Áreas de Proteção Ambiental está sendo desrespeitada por empreendimentos particulares na Lagoa da Itaperaoba, no bairro Serrinha.

“A Prefeitura de Fortaleza está se omitindo do dever de cuidar e proteger nossos recursos naturais. São construções ilegais e solicitamos que seja investigado pelo Ministério Público, bem como Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA). Estamos mobilizados e precisamos assegurar a preservação ambiental”, declarou.

A vereadora aproveitou a ocasião para manifestar repúdio pela abordagem da Prefeitura às pessoas em situação de vulnerabilidade da região da Praça do Ferreira. Ela afirmou que por causa das obras de requalificação da região, moradores de rua tiveram seus pertences retirados do local sem diálogo. “Isso deve ser feito dentro de um processo democrático. Tem mulheres, crianças, gestantes e idosos no local. Todas as pessoas merecem respeito”, finalizou.

Foto: Érika Fonseca