Prefeitura e Câmara em Nosso Bairro

Após a festiva abertura da terceira edição do Projeto Prefeitura e Câmara em Nosso Bairro, no ABC do Bom Jardim, que contou com a apresentação dos alunos do projeto “Respeitável Turma – Circo Escola”, do Governo do Estado, foram realizadas as reuniões dos Grupos Temáticos, onde a Prefeitura, Câmara e a população tiveram a oportunidade de conversar sobre os desafios do Grande Bom Jardim, para os setores de Saúde, Educação, Infraestrutura, Cultura, Esporte, Habitação e Segurança.

Como ocorreu nas outras oportunidades, o GT de Educação e Saúde foi o mais concorrido. O grupo foi coordenado pelo vereador Jorge Pinheiro (PSDC), presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Informática e Inovação; pela secretária de Saúde do município, Joana Angélica Maciel; pelo Secretário Adjunto da Educação, Jeferson Maia e contou ainda com César Diógenes, coordenador de Infraestrutura da Secretaria de Educação; Paola Braga, Secretaria-Executiva de Cultura; Nélio Morais, assessor técnico da Célula de Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entre outros.

O vereador Jorge Pinheiro, na abertura dos trabalhos, afirmou que o intuito é ouvir as demandas da população, pois é quem realmente sente na pele as carências que possam existir nos serviços básicos da Prefeitura. O primeiro a fazer sua indagação foi o senhor Francisco Oliveira Rocha, presidente da Associação Comunitária e dos Comerciantes do Grande Bom Jardim (Asccomboja). Ele disse que a causa do grande foco de mosquitos e muriçocas no bairro são as fossas quebradas. “Iniciamos um trabalho de recuperação das fossas, mas precisamos de apoio. As pessoas não acreditam que as fossas são locais de criadouros do mosquito, mas confirmamos isso com a redução deles, onde os equipamentos foram consertados”, revelou.

Nélio Morais confirmou as palavras do Sr. Oliveira destacando que o maior beneficiário das fossas danificadas são as muriçocas mesmo, mas o mosquito Aedes aegypti já teve focos encontrados. “Temos produtos que colocamos diretamente, mas o certo mesmo é a vedação”.  Segundo Nélio, a proposta do Sr. Oliveira foi anotada e será devidamente estudada pela Secretaria.

O secretário adjunto da Educação, Jeferson Maia, destacou que serão investidos na infraestrutura das escolas cerca de R$ 40 milhões de reais nos próximos quatro anos e frisou que a Regional V, onde está localizado o Bom Jardim, terá o maior número de unidades beneficiadas, no total 41.

O morador do bairro e inspetor da Prefeitura Municipal de Fortaleza, José Lisboa, pediu o apoio para o setor de esporte no Bom Jardim, disse que acontecerá neste mês um campeonato amador com mais de 30 equipes, sem nenhum apoio oficial, e sugeriu a criação de editais para o Esporte, como existe para a Cultura. O vereador Jorge Pinheiro, em resposta, disse que levará a demanda ao secretário de Esporte do Município, Carlos Dutra.

A secretária de Saúde, Joana Angélica Maciel destacou as ações da Prefeitura para eliminar a falta de medicamentos nos postos de saúde e citou as Centrais de Distribuição de Medicamentos nos Terminais de Ônibus, “Não são farmácias, mas um serviço complementar onde o paciente referenciado pelo médico poderá receber seu medicamento. Até o final do ano os sete terminais contarão com esse serviço”, garantiu.

Ela falou, ainda, sobre as Centrais de Regulação hoje integrada com o Governo do Estado, o que vem, segundo ela, facilitando o serviço de redirecionamento dos pacientes. Ela destacou que no Programa Mais Médicos, 27% dos médicos foram deslocados para a Regional V. Destacou também o trabalho de ressignificação dos serviços de saúde, indicando o que cada um tem como atribuição, o que na sua visão vai otimizar o serviço. “Vamos realizar um planejamento não apenas para a atual gestão, mas para Fortaleza daqui a 40 anos. Mas mesmo assim, mesmo sem planejamento estamos trabalhando e tendo o que mostrar à população”.

A moradora de nome Ednir falou sobre a falta de segurança nas escolas públicas do bairro e o risco que os alunos e profissionais correm de assaltos. Ela pediu o retorno dos guardas municipais para as unidades e solicitou veículos oficiais para o deslocamento de pacientes que não têm como se deslocar até os postos e outras unidades de Saúde.

Falou ainda o senhor Valberto de Sousa, do Conselho e Saúde, Dom Almeida Lustosa. Ele disse que a saúde no Grande Bom Jardim não anda tão bem como colocou a secretária Joana Angélica. Criticou a retirada de uma médica cubana do posto do bairro reduzindo a equipe para três profissionais apenas, “tem profissionais que não querem vir para o Bom Jardim alegando ser distante e perigoso. Isso não aceito, pois nem a Aldeota escapa da violência.”

Ele citou outra situação que e a presença de pombos que fizeram seus ninhos no teto do posto de saúde , “é necessária uma providencia”. Observou que no ano passado o prefeito Roberto Claudio assinou uma ordem de serviço de R$ 600 mil para a reforma do posto, mas o dinheiro foi para o Hospital Nossa Senhora das Graças, no Conjunto Ceará. Estamos “falando da vida de 63 mil pessoas no Granja Lisboa”, pontuou.

O senhor José Rocha, por sua vez, solicitou mais um posto de saúde para o bairro, pois segundo ele os dois outros não atendem à demanda. “Temos até um terreno aqui na rua João XXIII”, concluiu.

OUTROS GRUPOS

No GT de Infraestrutura foram solicitadas melhorias no asfalto, calçamento, saneamento e outras melhorias viárias em diversas ruas do bairro e um Ecoponto. Outra solicitação foi a reativação da Praça da Juventude e o retorno dos programas que eram oferecidos naquele espaço. Participaram do grupo, Eveline Porto, Assessoria Especial da Secretaria de Infraestrutura (Seinf); Aparecida Macedo, coordenadora administrativa financeira da Seinf e  André Machado, coordenador adjunto da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos.

No GT de Habitação participaram: Ana Lúcia, coordenadora do Núcleo de Projetos Comunitários da Habitafor; Iolanda Bezerra, assessora da Secretária Olinda Marques; Mirson Vidal, da assessoria comunitária do Habitafor; Andréa Cialdine, coordenadora de Programas sociais da Habitafor; Arnóbio Gomes, coordenador Jurídico a Habitafor e Francisco Soares Neto, gerente da célula de políticas ambiental e Social da Habitafor. O principal assunto em pauta fora a respeito da entrega das unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, e quais procedimentos que as pessoas já registradas devem tomar para agilizar o processo.

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Marcelo Raulino
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