A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) realizou nesta segunda-feira (3), Sessão Solene em homenagem ao Dia do Administrador, que transcorre no dia 9 de Setembro. A homenagem foi proposta pelo vereador Ésio Feitosa (PPL), líder do Prefeito no Legislativo, através do requerimento 4016/2018. A data da homenagem, segundo o parlamentar, foi escolhida pelo Conselho Regional de Administração do Ceará (CRA), pela Associação dos Administradores do Ceará (AADECE) e pela Academia Cearense de Administração (ACAD).

A solenidade foi presidida pelo vereador Ésio Feitosa, no ato representando o presidente do Legislativo, vereador Salmito Filho (PT). A mesa solene contou com as presenças de Josué Barreto, presidente da AADECE; Leonardo Macedo, Administrador e Presidente do CRA-CE; João Melo, presidente da ACAD;  Rita Silveira, presidente do CRA-Mulher e o vereador Dr. Porto (PRTB).

O vereador Ésio Feitosa fez sua saudação aos presentes, destacando a importância do administrador para o país. “Nessa oportunidade comemoramos os 53 anos de regulamentação da profissão por meio da lei 4.679 de 9 de setembro de 1965. “A profissão do administrador é de fundamental importância no desenvolvimento do País, do Estado do Ceará e da nossa cidade de Fortaleza, tendo em vista as inúmeras atribuições inerentes a esta sele a profissão”, disse.

Em seguida foi feita uma homenagem a personalidades pelos relevantes serviços prestados à categoria. Receberam um certificado: Agenor Studart, César Cavalcante, Cora Furtado, Daniele Coimbra, Eleazar de Castro, Stênio Rocha, o jornalista Jocélio Leal e ainda José Caminha, em homenagem póstuma. Em seguida falou o presidente do CRA, Leonardo Macedo, que destacou as ações realizadas pelo Conselho, que segundo ele não se limitam a fiscalizar apenas os administradores, mas trabalhar por sua formação e ampliação do mercado de trabalho.

Segundo ele, por sua atuação na fiscalização de empresas, o Ceará aparece na quarta colocação em registros de empresas, com 3.500 registros. Destacou a ampliação de delegacias regionais de 2 para 4; e a existência de 43 delegados em todo Estado. “Pela primeira vez foram realizadas ações de descentralização de interiorização de nosso conselho”.  Destacou a criação do cargo de perito judicial no Estado, que pode ser ocupado por administradores, fruto da luta do CRA. Outra ação foi a parceria com a Universidade Regional do Cariri (URCA), que possibilitou a concessão de 100 bolsas de estudo para os profissionais. “São 53 anos de muita luta e pouco reconhecimento. Por isso, a importância desse momento para a categoria. Agradecemos ao vereador Ésio por sua sensibilidade e a Câmara de Fortaleza.”, concluiu.

Em nome dos homenageados falou Eliezer Castro, que agradeceu a sensível homenagem prestada pela Câmara a categoria. Agradeço pela abertura dessa casa para essa sessão solene essa é uma atitude democrática e valoriza os atores sociais que querem colaborar com nosso pais. Ele destacou a atual situação do país e comparou com o que ocorreu na Alemanha pós guerra, convivência com ideologias totalitárias, extremismo, radicalismo, intolerância e até violência. Os acontecimentos ainda não estão no níveis alemães, mas as redes sociais fazem o papel de praças virtuais, onde as pessoas se digladiam e desfazem relacionamentos. E a tentativa de grupos se acusarem de responsáveis pela crise.

Disse que o incêndio do Museu Nacional parece um fator simbólico da atual situação. “Com ele perdeu-se parte de nossa história. Uma das saídas é mudar a política cultural do pais, e ampliar a tolerância. Participação dos diversos atores que dão contribuições sem olhar para interesses pessoais e ideológicos para dar cabo as ameaças que nos cercam. Lutar para que o mérito profissional saia dos nossos discursos para a realidade. CRA deseja fortemente que esse mérito social seja prova inequívoca de que os que investem também sejam aqueles que são valorizados, pela contribuição aos princípios de justiça que dão. É preciso que ensinemos aos que nos sucederão, pelo exemplo, que todos podem ser construtores da ordem social e não apenas usufruidores. Educação é imunizadora e só é válida se tornar as pessoas mais humanas”, concluiu.