Câmara realiza sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Cruz Vermelha

13/05/2019 - Câmara Municipal de Fortaleza

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, nesta segunda-feira (13), Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Cruz Vermelha, que é celebrado em 08 de maio, data de nascimento de seu fundador, Henry Dunant, em 1828, em Genebra, Suíça. A solenidade foi proposta pelo vereador Raimundo Filho (PRTB), segundo vice-presidente da CMFor, através do requerimento […]


A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, nesta segunda-feira (13), Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Cruz Vermelha, que é celebrado em 08 de maio, data de nascimento de seu fundador, Henry Dunant, em 1828, em Genebra, Suíça. A solenidade foi proposta pelo vereador Raimundo Filho (PRTB), segundo vice-presidente da CMFor, através do requerimento nº 1938/2019, aprovado por unanimidade pelo plenário da Casa.

A sessão foi presidida pelo vereador Raimundo Filho, no ato representando o presidente da CMFor, vereador Antônio Henrique. A mesa solene contou com as presenças de Alan Gérson Damasceno, presidente estadual da Cruz Vermelha; Victor Hugo Costa Cabral, vice-presidente nacional da Cruz Vermelha; Coronel Edson Alemani, chefe de gabinete da Cruz Vermelha, representando o presidente nacional da Cruz Vermelha, Júlio Cals de Alencar; Júlio Leandro, Superintendente de operação da Coap e Geórgia Almeida, conselheira nacional da Cruz Vermelha.

Em suas palavras de saudação aos presentes, o vereador Raimundo Filho disse que pensou em realizar a sessão para homenagear a instituição que tem uma relevância muito grande para aquelas pessoas que realmente necessitam. “A Cruz Vermelha fez no dia 8 de maio 156 anos. Quero saudar todos os voluntários que estão aqui presentes. Hoje temos a honra de prestar essa homenagem a essa instituição muito respeitada. Eu considero a instituição humanitária mais importante do mundo, porque sempre é a primeira que chega e a última que sai, nas grandes catástrofes e tragédias. Temos aqui, a honra de termos três cearenses a frente da instituição; Júlio Cals, Victor Cabral e o Alan Damasceno”, acrescentou.

“A Cruz Vermelha tem sede em Genebra, criada por Henry Dunant para auxílio humanitário mundial. A organização tem 16 mil colaboradores em 80 países é financiada por doações voluntárias dos governos e das sociedades nacionais. No Brasil são 60 mil voluntários. No Ceará faz operação de resgate e ajuda a minimizar os efeitos das secas e enchentes e com um drone monitora os focos de arboviroses. Realiza também doação de donativos para pessoas carentes”, disse.

O vereador destacou, ainda, que a Cruz Vermelha atua em 21 estados É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde, bem como única sociedade nacional da Cruz Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo o território brasileiro.. “Faz campanha do agasalho, roupas e cobertores coletados em cada sede. Uma das principais atividades é o atendimento de primeiros socorros. As orientações da instituição nesse campo é uma referência. O voluntariado é o carro-chefe da instituição, mas para ser um voluntário, a pessoa passa por uma capacitação de três blocos”, pontuou.

Em seguida, foram feitas simulações de salvamentos, por parte dos voluntários. O primeiro caso foi de desobstrução de um corpo estranho. Um garoto se engasga e uma socorrista realiza a técnica de desobstrução. Num segundo momento, a mãe da criança tem uma síncope, desmaia, e diz que sente dores na região do pescoço. A socorrista chama o apoio, e traz o colar cervical, estabilizando a vitima e levando a mesma para atendimento em uma maca.

Após as apresentações, o vereador Raimundo Filho fez a entrega de placas em homenagem ao Dia Internacional da Cruz Vermelha às seguintes personalidades: Coronel Edson Alemani. Victor Hugo Costa Cabras, Allan Gérson Damasceno. Em nome dos homenageados falou o presidente estadual da Cruz Vermelha, Allan Gérson Damasceno.

“Falar da Cruz Vermelha tem sido uma rotina, mas a perfeição virá com a repetição que nos levará a um raciocínio mais humanitário, mais real e mais franco. É esse Brasil real que o povo estado do Ceará precisa recobrar. Voltar o olhar para o mais necessitado e olhar sorrindo. Essa prática a Cruz Vermelha me ensinou. O de ver a essência e o valor das pessoas. Em nossa instituição, as pessoas são o que temos da mais alta valia. E isso ocorre em qualquer organização do terceiro setor. São as pessoas que movem, sem remuneração, nossa instituição”. Destacou.

Observou que o presidente e a diretoria tem um papel importante, mas o voluntariado é que leva a instituição nas costas. “Cada um carrega sua cruz, mas nós carregamos a Cruz Vermelha”, disse. Lembrou que a instituição foi criada há mais de 156 anos, e dar continuidade a atitude visionária do suíço Henry Dunant, não é uma tarefa fácil, pois precisa ocorrer de forma íntegra, aliada a coragem. “Há também de se ter lado e o nosso lado é o do bem. Mas temos que ter determinação para auxiliar as pessoas. Essa movimentação positiva é que fazem os voluntários da Cruz Vermelha. Queremos aqui em Fortaleza trabalhar para transformar positivamente a vida das pessoas”, destacou.

Antes da conclusão da sessão, a Cruz Vermelha também reconheceu o trabalho do vereador Raimundo Filho. “Por isso entregamos uma comenda ao senhor como amigo da Cruz Vermelha Brasileira. Esse kit possui uma caneta, um pin, pois agora o senhor passa a ser voluntário da instituição e uma camisa, pois é necessário vestir e suar a camisa humanitária”, ressaltou.

Cruz Vermelha

A Cruz Vermelha chegou ao Ceará em 1975, tendo seu primeiro presidente o ex-governador Lúcio Alcântara. Depois de anos de má gestão, a instituição acabou fechando, sendo retomada no ano de 2003. A operação de resgate da Instituição no Ceará, contou com o gesto compassivo da Coelce, Cagece e Telemar, que aceitaram parcelar dívidas teoricamente impagáveis. O segundo passo foi o curso de socorros para voluntários, ministrado pelo Corpo de Bombeiros, o maior compartilhante da instituição na maioria das atividades.

A História da Cruz Vermelha Brasileira iniciou no ano de 1907, graças à ação do Dr. Joaquim de Oliveira Botelho, espírito culto e cheio de iniciativa que, inspirando-se naquilo que testemunhara em outros países, sentiu-se animado do desejo de ver, também aqui, fundada e funcionando, uma Sociedade da Cruz Vermelha. Junto com outros profissionais da área de saúde e pessoas da sociedade promoveu uma reunião em 17 de outubro daquele ano na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, para lançamento das bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira.

Em reunião, realizada em 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade. Esta data ficou consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro Presidente o Sanitarista Oswaldo Cruz. O registro e o reconhecimento da entidade nos âmbitos nacional e internacional se deu nos anos de 1910 e 1912, sendo que a I Grande Guerra (1914/1918) constitui-se, desde seus primórdios, no fator decisivo para o grande impulso que teria a nova Sociedade.

As “Damas da Cruz Vermelha Brasileira”, comitê criado por um grupo de senhoras da sociedade carioca, deu origem à Seção Feminina, que teria como primeira tarefa, a formação do corpo de Enfermeiras voluntárias. A semente assim plantada frutificaria e, para permitir o funcionamento de outros cursos sugeridos pela Seção Feminina, foi criada e inaugurada, em março de 1916, a Escola Pratica de Enfermagem, sob a eficiente direção do Dr. Getúlio dos Santos, na época Capitão Médico do Exército. Com a declaração de guerra do Brasil aos Impérios Centrais (Alemanha e seus aliados), a Sociedade expandir-se-ia com intensificação dos Cursos de Enfermagem e com a criação de filiais estaduais e municipais, cabendo a São Paulo a primazia. Em 1919, as filiais já eram em número de 16.

A Cruz Vermelha Brasileira participou da constituição da Federação de Sociedade de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em 1919, filiando-se a ela. Em nosso país, tornou-se instituição modelar, da forma prevista nas Convenções de Genebra, como em tempos de paz, levando ajuda a vítimas de catástrofes e desastres naturais (secas, enchentes, terremotos etc.).

Atua com base nos princípios fundamentais da Cruz Vermelha, que são: Humanidade, imparcialidade, Neutralidade, Independência, Voluntariado, Unidade e Universalidade. É reconhecida pelo governo brasileiro como sociedade de socorro voluntário, autônoma, auxiliar dos poderes públicos e, em particular, dos serviços militares de saúde, bem como única sociedade nacional da Cruz Vermelha autorizada a exercer suas atividades em todo o território brasileiro.

Fotos: André Lima