Vereadores debatem sobre a política educacional do Brasil

16/03/2023 - Rochelle Nogueira

Os vereadores têm o tempo de até 10 minutos para utilizar a tribuna no Grande Expediente.

A vereadora Adriana Almeida (PT) usou o tempo pelo Grande Expediente desta quinta-feira, 16, para fazer uma reflexão sobre a educação no Brasil. A parlamentar fez um paralelo entre os períodos dos governos Bolsonaro e Lula.

“No início de 2019, Bolsonaro falou que sua grande tarefa seria desfazer tudo que foi feito desde a redemocratização do Brasil e ele cumpriu a risca essa tarefa iniciando pelas figuras escolhidas como ministros para assumir a pasta. A política educacional nesse período foi desumana sofrendo cortes no orçamento atingindo programas importantes como a merenda escolar, livros didáticos e assistência estudantil. Brasil estagnou nas avaliações nacionais e internacionais da educação básica e para agravar tentaram reduzir os valores do Fundeb”, disse a vereadora.

Na atual gestão de Lula, Adriana Almeida destacou a nomeação de Camilo Santana e Izolda Cela atentando para mudanças no cenário. “Em menos de 90 dias as conquistas já são visíveis como, por exemplo, a escolha de uma equipe técnica e competente, diálogos com governadores e prefeitos, reajuste de 14,9% no piso salarial do magistério, retorno de 4 mil obras em Universidades e Institutos Federais, reajuste da bolsa pesquisa, aumento de 36% no repasse da União para a merenda escolar, alfabetização na hora certa, resgate dos Conselhos de Educação, reavaliação do novo ensino médio, ampliação das escolas de tempo integral. Vamos lutar para que esses avanços na esfera federal continuem para que a gente possa revolucionar a educação do nosso país”, comentou.

Já a vereadora Priscila Costa manifestou discordância com o que foi dito pela vereadora Adriana Almeida em seu pronunciamento.

“A vereadora alegou que o governo Bolsonaro perseguia docentes. Todos os professores receberam um aumento de 33,24% no seu salário, uma conquista do governo Bolsonaro na valorização dos docentes. Essa tese levantada sobre as Escolas Militarizadas é outra falácia. Uma pena ver uma educadora assumindo que o pisa é uma mentira. A classificação do Brasil no pisa foi péssima, órgão que avalia 79 nações, e se nós avaliarmos somente as Escolas Militares elas estão entre as melhores juntamente com as economias mais fortes do mundo”, disse.

Saúde

Pelo tempo da Liderança da Oposição, o vereador Danilo Lopes (Avante) repercutiu a aprovação de um projeto de autoria de seu mandato na Comissão de Saúde tratando sobre o programa “Profissional de Saúde sem Fronteiras”.

“Hoje pela manhã a gente teve uma reunião na Comissão de Saúde e tivemos a aprovação do projeto que deve chegar ao Plenário em breve, se tratando da possibilidade de realização de intercâmbio fora do país, o “Profissional de Saúde sem Fronteiras”, enfatizou.

O parlamentar destaca o quanto os profissionais de saúde estão ficado em segundo plano. “Desde que cheguei aqui a gente está numa briga pelas 8h da educação permanente para o nível superior se estendendo ao nível médio. Hoje o piso salarial de um profissional de nível ensino superior na atenção primária da saúde é basicamente a metade do piso salarial de um profissional de educação. Uma diferença gritante numa área que não tem concurso público há 17 anos”, alertou o vereador.

Foto: Érika Fonseca