Trabalho escravo, saúde e ação da Comissão Temporária foram assuntos do Grande Expediente

07/03/2023 - Rochelle Nogueira

Os vereadores têm o tempo de 10 minutos para discutir os principais assuntos relacionados ao fortalezenses

Grande Expediente - Foto: Érika Fonseca

Trabalho escravo

A vereadora Adriana do Nossa Cara (Psol) repercutiu o cenário dos trabalhadores em situação análoga a escravidão na região Sul do Brasil. “Quero trazer uma centralidade da região do Sul, região com diversas vinícolas, onde mais de 200 pessoas foram resgatadas nessa situação. Saiu uma reportagem destacando algumas pessoas retiradas da Bahia enviadas para essa vinícolas. As empresas ficam jogando a culpa de um para outro, mas ninguém quer assumir esse grande crime de racismo e xenofobia. Somente os baianos eram chicoteados e violentados, já os trabalhadores brancos e de outros países não passavam por essa situação”, contou a vereadora finalizando com uma situação semelhante ocorrida na aldeota quando um trabalhador prestando serviço a uma empresa privada vivenciou situação parecida.

Saúde

A Vereadora Ana Paula (PDT) utilizou seu tempo no grande expediente para destacar sobre as clínicas de atenção secundárias que, segundo ela, algumas estão de portas fechadas deixando de atender 23 mil pessoas com repasse da demanda aos Hospitais Estaduais.

“Estamos passando por momento de dificuldade desde que foi congelada a verba da educação e saúde. Quando falo do problema da saúde gostaria que as pessoas pudessem compreender que é algo muito maior que só a Câmara Municipal de Fortaleza. Existe uma crise nos Hospitais secundários que atendem demandas espontânea do SUS. São 23 mil atendimentos que deixaram de ser feitos e foram para onde? Foram para os Hospitais Estaduais com demanda para o HGF e César Cals”, alertou a vereadora.

Comissão Temporária

Pelo tempo da Liderança partidária do PDT, o vereador Lúcio Bruno deu destaque para as pautas da saúde e da instalação da Comissão Temporária que vai avaliar os serviços prestados pela Enel, Cagece e prestadoras de internet. Sobre a saúde, Lúcio Bruno pediu uma ação conjunta entre Governo, Estado e Município.

“Acho que aqui não se pode separar a saúde do Município, do Estado e do Governo. A população não quer saber se a culpa é de A ou de B. Acho que tem que sentar todos os entes da Federação para vermos sobre o teto de gasto, principalmente a tabela do SUS desatualizada há anos. Saúde é urgência e ninguém pode está aqui discutindo vida e de quem é a culpa ou não!”, disse o parlamentar.

No segundo momento, repercutiu sobre a Comissão Especial que vai tratar dos serviços prestados pela Enel, Cagece e prestadoras de serviço de internet na cidade de Fortaleza. “Tive o prazer de ser eleito o presidente dessa comissão que é composta por mim, e pelos vereadores Adail Júnior (PDT), Cláudia Gomes (PSDB), Jorge Pinheiro (PSDB), Tia Francisca (PL), Gabriel Aguiar (Psol) e Júlio Brizzi (PDT). Quero avisar aos vereadores que nós já marcamos com alguns órgãos da Prefeitura, Estado e órgãos de controle uma reunião na quinta-feira, 16, para tratar sobre a PPP da Cagece. Já convidamos o Procon, Decon, ACFor, Seinf, Seuma, Cagece, OAB, defensoria pública e o consórcio que ganhou a PPP para entender quais são os serviços e as metas que essa PPP vai fazer aqui na cidade de Fortaleza”, contou.

Movimentação Política

Pelo tempo da Liderança da Oposição, o vereador Julierme Sena (União Brasil) utilizou seu tempo para criticar o senador Cid Gomes (PDT) devido entrevista cedida pelo parlamentar sobre o andamento político no último pleito.

“O senador Cid levantou uma série de críticas aqui no parlamento municipal, inclusive dos seus colegas pedetistas. O senador é especialista em mudar o discurso conforme o tempo muda. Até o irmão de sangue não escapou quando ele disse ‘Ciro fez política com o fígado’ quando na realidade quem fez política com o fígado foi o senhor quando abandonou o seu irmão e seus aliados políticos”, disse Julierme enfatizando que Cid está “namorando com o Partido dos Trabalhadores (PT)”, comentou.

Investimento na saúde

O vereador Carlos Mesquita (PDT), pelo tempo da Liderança do Executivo, deu ciência ao plenário de uma demanda apontada em pronunciamento a respeito do Posto Anastácio Magalhães. Carlos Mesquita disse que as imagens mostradas de paredes com infiltração e teto quebrado foi reportada ao secretário da Saúde.

“Isso é legal porque a gente liga diretamente para o secretário. O Posto Anastácio já foi feito a tomada de preço para o início das obras. Fui buscar informações sobre a situação do IJF entre a Prefeitura e o Estado e eu fiquei triste, pois o governo não fez o repasse da verba do mês de fevereiro e ainda diminuiu 2% do valor, sendo de R$ 5 milhões e oitocentos. Na realidade, o valor correto era para ser R$ 20 milhões devido aos atendimentos realizados na unidade hospitalar. Não se faz justiça na crítica. Fortaleza tem a maior rede de hospitais do Norte e Nordeste do Brasil”, declarou o vereador citando inúmeras ações realizadas no governo de Roberto Cláudio (PDT) e José Sarto (PDT).