Projeto “Hora do Colinho” e imunização foram temas do Grande Expediente

23/09/2021 - Ana Clara Cabral

Os vereadores utilizam seu tempo no Grande Expediente para repercutir sobre as demandas dos fortalezenses

Hora do Colinho

A Enfermeira Ana Paula (PDT) destacou o projeto de lei nº 573/21, de sua autoria, que cria e regulamenta a hora do colinho na rede pública de saúde do Município, projeto criado inicialmente em João Pessoa, na Paraíba, pela enfermeira Mariluce Ribeiro de Sá. A “Hora do Colinho” tem como objetivo relaxar e acolher o recém-nascido cuja mãe precisou de internação.

O Projeto, segundo a vereadora, teve comprovação na diminuição do estresse e da sensação de dor do bebê, bem como proporcionar ao recém-nascido um cuidado mais humanizado. Enfermeira Ana Paula afirmou que a iniciativa já é muitas vezes realizada pela equipe de enfermagem nas maternidades. Com o projeto, os profissionais poderão contar com um protocolo chancelado pelo Conselho Nacional de Enfermagem. Ao final do pronunciamento, a parlamentar pediu apoio dos colegas vereadores na tramitação do projeto.

Paulo Freire

O vereador Danilo Lopes (Podemos) utilizou seu tempo na tribuna para repercutir sobre a importância de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, para o Brasil. O parlamentar disse que as críticas ao educador parte muitas vezes da polarização, do excesso, que o país se encontra.

“Recebi um texto pelo Whatsapp, no qual Paulo Freire teria plagiado um método pedagógico do século 19. Isso me deixou horrorizado com o que a polarização tem trazido para a nossa sociedade. Um educador que foi Honoris causa em 35 universidades, será que nenhum teria descoberto que a metodologia dele era plágio? Por conta dos 100 anos de Paulo Freire querem execrar o nome do educador em nome da polarização. Gente que nunca leu a obra e nem sabe quem é Paulo Freire”, questionou Danilo enfatizando preocupação com os mantras recebidos pelas pessoas.

Vacinação

O vereador Carmelo Neto (Republicanos) em contraponto ao que destacou o vereador Adail Júnior (PDT) sobre as vacinas compradas diretamente pelo governador Camilo Santana (PT) e entregue ao estado, citou compra do Governo Federal 39 vezes a mais que a quantidade comprada pelo governador. O Governo Federal enviou 12 milhões de doses ao Estado do Ceará, essa é a grandeza do nosso Plano Nacional de Vacinação”, disse.

O vereador Dr. Vicente (PT) rebateu o pronunciamento do vereador Carmelo ressaltando o feito no Ceará e em Fortaleza, graças ao governador Camilo Santana (PT) e do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). “Muitos aqui falaram sobre vacina, mas eu digo que o nosso governador Camilo Santana acompanhado do ex-prefeito, Roberto Cláudio, fizeram muito por nossa população. Eles foram atrás de vacina, por meio de um consórcio, buscaram comprar vacina da Sputinik e fizeram de tudo para atrapalhar a negociação. O processo de vacinação é obrigação do Governo Federal. Nós perdemos quase 600 mil pessoas amigos, familiares, colegas e o presidente Bolsonaro trabalha contra a vacinação”, repercutiu.

Pelo tempo da Liderança da Oposição, a vereadora Priscila Costa (PSC) chamou a atenção para a campanha de vacinação contra a Covid-19 de adolescentes. De acordo com a vereadora, muitos pais estão preocupados com as consequências da vacina e solicitou das autoridades mais clareza sobre o processo vacinal. “O Ministério da Saúde mudou seu posicionamento quanto vacinar adolescentes e essas mudanças nos deixam confusos. Venho aqui mostrar o cenário que nós estamos sendo vítimas”, comentou a parlamentar pedindo informações mais detalhadas sobre os efeitos colaterais para o público.

Pela liderança do Executivo, vereador Gardel Rolim (PDT), destacou as obrigações e deveres do Governo Federal sobre a vacinação no Brasil. Ele citou a Lei nº 6.259 de 1975, frisando o artigo 3º, que estabelece ser de responsabilidade do Ministério da Saúde a elaboração do Programa Nacional de Imunizações, que define as vacinações, inclusive as de caráter obrigatório. Também destacou sobre o Plano Operacional de Vacinação, pág. 54, reforçando que o Ministério da Saúde coordena as ações de resposta às emergências em saúde pública, incluindo a mobilização de recursos, aquisição de imunobiológicos, apoio na aquisição de insumos e a articulação da informação.

“Se o governador Camilo Santana prometeu comprar vacina contra a Covid-19, e comprou, fez porque entendeu a importância da vacina e foi protagonista nesse aspecto. Eu fico tranquilo porque vejo o grupo que defende o Bolsonaro defendendo agora a vacina. Nós estamos vendo na prática que os óbitos estão diminuindo devido a imunização está avançando. Se for fazer um recorte histórico, a população não esquece e sabe quem era a favor da vacina e quem não era contra. A população também lembra quem defendia a cloroquina. Cadê o deputado Osmar Terra que disse que iam morrer só 3 mil pessoas no Brasil? Cadê a turma que dizia que tinha caixão sendo enterrado vazio? Me admira certos pronunciamentos”, finalizou.

Foto: Érika Fonseca