Vereadores acolhem representantes de bibliotecas comunitárias na Câmara Municipal

22/09/2021 - Ana Clara Cabral

Bibliotecas de iniciativa popular querem ser incluídas no PPA 2022-2025 para garantir recursos

Comissão especial bibliotecas comunitárias - foto: Érika Fonseca

A Câmara Municipal de Fortaleza formou, na manhã desta quarta-feira, a pedido da vereadora Adriana Nossa Cara (Psol), uma comissão especial para receber os representantes de bibliotecas comunitárias de Fortaleza. Eles solicitam rubrica específica no Plano Plurianual (PPA) 2022-2025, garantindo recurso para o funcionamento e manutenção das bibliotecas de iniciativa popular.

Na ocasião, o vereador Prof. Enilson (Cidadania), vice-líder do governo e presidente da Comissão de Educação colocou o colegiado à disposição. “A educação é o caminho mais concreto para chegar ao sucesso. Não financeiro, mas de satisfação pessoal. Não vou medir esforços para defender essa bandeira. Também represento o terceiro setor. Fortaleza é uma das cidades com o maior número de associações e instituições do terceiro setor da América Latina. A Comissão de Educação está disponível e disposta a ajudar”.

A vereadora Larissa Gaspar (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, reforçou a importância de manter os espaços de aprendizagem e afeto abertos e ativos para a população mais carente. “Principalmente para nós, mulheres, que carregamos o peso de cuidar dos filhos, da casa, dos doentes. Um espaço que nossos filhos muitas vezes vão estar ali aprendendo, discutindo, dialogando.

Ela disse que 30% das crianças estão nas creches e que as bibliotecas, apesar que não substituírem os equipamentos públicos de educação, se propõem a serem espaços lúdicos, e de aprendizagem. “Nós, da Comissão de Direitos Humanos, vamos dialogar com os 43 vereadores para que o PPA, no seu processo de discussão, possa incorporar essa demanda extremamente necessária. Estamos à disposição para contribuir no debate e fortalecer essa iniciativa”, concluiu.

Cícera da Silva, representando o Espaço de Leitura GDFam, justificou o movimento das bibliotecas e parafraseou Paulo Freire: “a educação não muda o mundo. São as pessoas. As bibliotecas têm espaço educacional não formal. Não é uma escola, a gente trabalha os conteúdos sobre cidadania, direitos, Estatuto da Criança e do Adolescente. O que a gente está pedindo é um direito que elas têm”.

Cícera afirmou que as organizações atendem crianças e, indiretamente, as suas famílias. “Fazemos visitas, levamos formação. Queremos que esses direitos cheguem nas nossas comunidades. Que vocês olhem com carinho para as ações das bibliotecas. A gente só vai ter paz quando a gente construir essa paz. É uma paz ativa, e não passiva. Nós estamos na periferia, mas queremos viver”, finalizou.

Estiveram presentes na comissão especial os vereadores: Adriana Nossa Cara (Psol), Pedro França (Cidadania), Larissa Gaspar (PT), Prof. Enilson (Cidadania), Ronivaldo Maia (PT), Gabriel Aguiar (Psol), Júlio Brizzi (PDT), Kátia Rodrigues (Cidadania).

Foto: Érika Fonseca