Messejana e Meireles seguem concentrando o maior número de óbitos por Covid-19

29/03/2021 - Rochelle Nogueira

Os dados mostram que ocorreram entre 2020 e 2021, 5.694 casos confirmados em Messajana e 116 óbitos, taxa de mortalidade de 254%. No Meireles foram 5.017 casos e 133 óbitos, taxa de mortalidade de 328,3%.

Movimentação de pessoas em Messejana durante isolamento social

Com o número elevado de casos de Covid-19 na cidade de Fortaleza, índice que evidencia 157.154 ocorrências e 5.927 óbitos confirmados entre os fortalezenses por critério laboratorial, do início da pandemia até o dia 24 de março de 2021, o bairro da Messejana na Regional VI e o Meireles na Regional II, são as localidades com maiores casos para o Sars-Cov-2.

Os dados mostram que ocorreram entre 2020 e 2021, 5.694 casos confirmados em Messajana e 116 óbitos, o que representa para o distrito uma taxa de mortalidade na ordem de 254%. No Meireles a realidade é bem parecida, foram 5.017 casos e 133 óbitos, taxa de mortalidade de 328,3%.

Já por macrorregião, abrangendo todos os bairros da Regional II, ela é a que detém a maior quantidade de ocorrências e taxa de mortalidade na cidade, seguido pela Regional VI que fica em segundo no número de casos, mas é o território com a menor taxa de mortalidade. Veja tabela abaixo:

Número de casos e óbitos por Regional2020 / 2021

Regional Habitantes Casos Óbitos Tx. Mortalidade
I 398.697 13.057 939 235,5
II 398.150 29.858 1.029 258,4
III 395.019 14.118 860 217,7
IV 308.566 16.246 749 242,7
V 593.284 21.615 1.296 218,4
VI 592.891 27.645 1.053 177,6
Ignorado   34.615 1
Fortaleza 2.686.607 157.154 5.927 220,6

Concentração de casos Janeiro a março

De acordo com o boletim epidemiológico apresentado pela Prefeitura de Fortaleza na última sexta-feira (26), em janeiro houve concentração de casos nos bairros centrais de alto IDH localizado na Regional II e com alta intensidade no bairro José Walter, Regional VI. Foram contabilizados 13.979 ocorrências.

Em fevereiro, houve uma dispersão da covid por diversas áreas da cidade, revelando padrão de transmissão comunitária em todo município. A alta concentração se fixou nos bairros: Vicente Pinzon, Itaperi/ Serrinha, Conjunto Ceará I e II, Jangurussu/Palmeiras, Messejana e José Walter. Foram contabilizados 19.812 casos.

Em março a contaminação pelo vírus é mantida nos principais agregados detectados em fevereiro e já ocupa vários bairros da Regional IV (Benfica, Damas, Bom Futuro, José Bonifácio), que se difunde até alcançar as margens da Regional V.

Curva ascendente

Tendo em vista as medidas restritivas para a contenção a doença, o Governo do Estado do Ceará, por meio de decreto, determinou o fechamento das atividades não essenciais estipulando o locdown. Com essa deliberação, a cidade de Fortaleza começa a apresentar sinais de estabilidade na curva epidêmica (acumulada) de casos confirmados, apresentando inclinação ascendente se comparado com a retomada de casos ocorrida em outubro de 2020.

Evidencia-se que entre janeiro e o início de março o crescimento aproximou-se de um padrão exponencial. No entanto, como tem perdurado nas três últimas semanas, há uma redução de novos casos novos, podendo ser uma desaceleração, eventualmente, associada às medidas restritivas em vigor na cidade.

Distribuição de casos por regionais

Regional I

Regional II

Regional III

Regional IV

Regional V

Regional VI

Foto: Arquivo/CMFor