Após um ano da pandemia, o Brasil enfrenta novamente um momento de alerta crítico registrando alta nos índices diários de casos confirmados. Alcançando no último boletim 83.926 mil novos casos, o país contabiliza mais de 11,6 milhões de brasileiros infectados pela Covid-19.

O aumento do registro da doença também se reflete no número de vítimas. Ontem (16), foram 2.841 óbitos no País, somando mais de 282 mil mortes. Os dados estão disponíveis no Painel Coronavírus Brasil ➡️ https://covid.saude.gov.br/

A situação reforça ainda mais o papel do poder público no enfrentamento da pandemia e como fortalecer as medidas de prevenção pode minimizar o colapso da rede de saúde. Em 2020, as ações emergenciais com a ampliação do número de leitos exclusivos para Covid-19, hospitais de campanha e a adoção de medidas de segurança (lockdow, uso obrigatório de máscara, retomada gradativa da economia) conseguiram estabilizar a pandemia com redução do número de casos e óbitos.

Após a estabilização, a rotina do brasileiro foi se adequando ao “novo normal”. Com as notícias de uma “segunda onda” em outubro 2020, as autoridade de saúde mantiveram o mapeando do comportamento da doença, mas com a descoberta de uma variante em Manaus (P1) o cenário mudou. E o Brasil agora é destaque no mundo devido o risco que representa para a pandemia na América Latina e até a nível mundial.

“Neste momento de luto coletivo, com o País alcançando a marca de 282.127 mil mortes pelo coronavírus, quero me solidarizar com a família de todas as vítimas da Covid-19 no Brasil e peço a Deus que conceda o conforto celestial neste momento difícil”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Antônio Henrique.

E quando analisamos o cenário nos estados brasileiros, que por vários meses não registravam altas, a situação ainda é mais alarmante. No Ceará, os dados reforçam os esforços das autoridades de saúde, médicos, enfermeiros e pesquisadores na luta diária contra a doença. O número de leitos disponíveis supera a oferta da primeira onda, passando de mais 3.600 leitos em todo o Estado.

A abertura de leitos também é acompanhada pelo pedido do governador Camilo Santana para que as medidas de segurança, como isolamento social e uso de máscara, sejam seguidas pela população. No Ceará foram notificados mais 1,4 milhão de casos suspeitos, com 480.071 mil casos confirmados por testes e diagnóstico clínico de sintomas.

“Peço a vocês (cearenses) para usar a máscara, respeitem o isolamento, evitem sair de casa pois todo o estado do Ceará está em alerta vermelho, em isolamento social rígido. Estamos no mais alto nível de transmissão do vírus, com todas as nossas unidade ocupadas e com pessoas esperando na fila por uma UTI ou leito hospitalar”, alertou o governador em suas redes sociais.

Vacina

Além da ampliação na rede de saúde, os resultados alcançados por países como Israel e Estado Unidos reforçam a importância da imunização em massa contra a Covid-19. O Brasil, que iniciou a vacinação em janeiro, contabiliza apenas pouco mais de 20 milhões de doses distribuídas, estando na primeira fase da campanha. Em doses aplicadas esse número cai para cerca 12,4 milhões, somando a primeira e segunda dose. Diante da situação, os Estados e Municípios brasileiros iniciaram um movimento em prol da compra da vacina para toda a população.

Os governadores do Nordeste, por meio de um consórcio, negociaram a compra da vacina russa Sputnik V, inicialmente serão 37 milhões de doses. A vacina será distribuída em todo o país a partir de abril, cabendo ao Ministério da Saúde o processo de logística.

Rede hospitalar em Fortaleza

Concentrando o maior número de casos, Fortaleza registra 142.560 pessoas infectadas, com 5.340 mortes, segundo o IntegraSus. Em 2021, o cenário apresentado pela nova variante impulsionou a abertura de novos leitos de enfermaria e UTI em todo estado, principalmente na Capital.

HOSPITAIS EM FORTALEZA	UTI	TAXA DE OCUPAÇÃO	ENFERMARIA	TAXA DE OCUPAÇÃO
CASA DE SAÚDE E MATERNIDADE SÃO RAIMUNDO	8	100%	37	89.19%
HGCC HOSPITAL GERAL DR. CÉSAR CALS	20	100%	37	27.03%
HGF HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA	54	94.44%	150	100%
HGWA – HOSPITAL GERAL DR WALDEMAR ALCÂNTARA	26	100%	165	93.33%
HIAS HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABIN	25	100%	48	60.42%
HJMA – HOSPITAL JOSE MARTINIANO DE ALENCAR	10	100%	31	67.74%
HLV – HOSPITAL LEONARDO DA VINCI	159	93.08%	112	75.89%
HM HOSPITAL DE MESSEJANA DR CARLOS ALBERTO STUDART GOMES	86	100%	173	100%
HOSPITAL ALDEOTA	39	94.87%	20	90%
HOSPITAL ANTÔNIO PRUDENTE	81	95.06%	126	95.24%
HOSPITAL DISTRITAL DR FERNANDES TÁVORA	10	100%	71	73.24%
HOSPITAL E MATERNIDADE DRA ZILDA ARNS NEUMANN	18	50%	111	90.09%
HOSPITAL GÊNESIS	25	84%	56	76.79%
HOSPITAL LUIZ FRANÇA	25	84%	17	82.35%
HOSPITAL OTOCLÍNICA	32	100%	96	100%
HOSPITAL REGIONAL UNIMED	174	95.4%	292	94.86%
HOSPITAL SÃO CARLOS	40	100%	47	100%
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WALTER CANTÍDIO	14	92.86%	72	75%
HSJ – HOSPITAL SÃO JOSÉ DE DOENÇAS INFECCIOSAS	8	100%	113	97.35%
INSTITUTO PRAXIS	10	100%	59	98.31%
MATERNIDADE EUGÊNIA PINHEIRO	10	80%	10	70%
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA	8	100%	0	0%
SOPAI HOSPITAL INFANTIL	10	70%	120	85.83%

Foto: Mateus Dantas