Vitamina D auxilia no sistema imunológico, mas não pode ser usada como medicamento contra Covid-19

22/09/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

A Vitamina D é uma unidade de informação solar inteligente molecularizada que ativa a inteligência do sistema imunológico.

Vitamina D - Foto: Reprodução/Internet

A falta de vitamina D pode aumentar os riscos de infecção por Covid-19? Para especialistas, a resposta para essa indagação ainda é muito vaga, pois não existe comprovação de que a ausência da chamada “vitamina do sol” venha a ter alguma ligação com a pandemia que ocasionou quase um milhão de mortes no planeta. Para a endocrinologista Ivana Melo, não existem evidências claras que a suplementação de vitamina D reduza o risco ou amplie a severidade da Covid-19. “Por isso também, as principais sociedades científicas não recomendam a suplementação de vitamina D como tratamento ou prevenção da doença”, comenta.


Na sua visão, o efeito da vitamina D que conta com maior comprovação científica é sua efetividade na saúde óssea. “Os efeitos extraesqueléticos, bem como sua atuação na imunidade, ainda não estão totalmente esclarecidos. Mas se sabe que a vitamina D tem efeitos importantes em quase todas as células do sistema imunológico” opina. Ela argumenta ainda que a maioria dos adultos, acima de 19 anos, necessitam de 400-1000 UI de vitamina D por dia.

Ressalta que a principal fonte de vitamina D é através da exposição solar, sendo orientado de 15 a 30 minutos de exposição direta ao sol na pele diariamente. “Porém é importante ter cuidado para evitar queimaduras solares. Alguns fontes alimentares também podem ter vitamina D, mas em menor quantidade. São exemplos de alimentos que conte vitamina D: salmão, cavala, atum e gema do ovo,” destaca.

Não é medicamento

Já o médico clínico e nutrólogo, Edson Saraiva Neves, que atende no Distrito Federal e é estudioso do tema, assevera que a Vitamina D não pode ser considerada um medicamento contra covid-19, influenza ou outras doenças. “É bem diferente! A vitamina D é para o sistema imunológico, para a inteligência os linfócitos TH1, que são especialistas em vírus e são ávidos por vitaminas D”. Segundo ele, existem três andares de vitamina D; a Hepática, a Solar e a Renal. Destaca que através da Hepática é que a vitamina D vai para todas as células do corpo e que com esse processo, o sistema imunológico pode se fortificar, reconhecer os vilões e preparar as defesas.

Para ele, a Vitamina D é uma unidade de informação solar inteligente molecularizada que ativa a inteligência do sistema imunológico. “Quando você tem doses de vitamina em níveis ótimos no corpo, representa que você tem acima de 50 nanogramas, mas o ideal é perto de 100. Quando você chega a esse nível, o sistema linfocitário fica muito inteligente e com isso os vírus não encontram espaço no corpo. Edson Saraiva revela, ainda, que em termos de alimentos para substituir a luz solar, somente óleo de fígado de bacalhau ou de foca, mas é preciso 8 a 10 colheres de sopa/dia para manter níveis.

“Já nos locais com pouco sol já se faz como politica de saúde pública a utilização de vitamina D em cápsulas. Existe a vitamina D chamada 25H que é a hepática inativa. A utilização de vitamina D hepática tem poucas contraindicações, mas se a pessoa começar a ter algum sinal de intoxicação de cálcio, é porque a vitamina D amplia a absorção de cálcio pelo corpo. Também é contraindicado para pessoas que tem cálculo renal. Se a pessoa passar a ter muita sede e urinar demais, é porque foi acionado um mecanismo de defesa do organismo para colocar o cálcio para fora. Sendo assim, é só segurar o consumo que o sintoma passa”, concluiu.

Foto: Reprodução/Internet