Escritório de Direitos Humanos acompanha situação de pescadores da Praia Mansa

22/09/2020 - Adriana Albuquerque

A pesca é uma das principais fonte de renda de muitas famílias que moram nas proximidades da Praia Mansa, mas a explorações da área está restrita ao pescadores associados a Colônia de Pescadores Artesanais e Aquicultores Z-8. A medida adotada pela Companhia Docas do Ceará (CDC) vem prejudicando a atividades de outros pescadores impedidos de […]

A pesca é uma das principais fonte de renda de muitas famílias que moram nas proximidades da Praia Mansa, mas a explorações da área está restrita ao pescadores associados a Colônia de Pescadores Artesanais e Aquicultores Z-8. A medida adotada pela Companhia Docas do Ceará (CDC) vem prejudicando a atividades de outros pescadores impedidos de realizar o trabalho no local que pediram o apoio do Escritório de Direitos Humanos Dom Aloisio Lorscheider.

Segundo o coordenador do EDHAL, Cláudio Silva, um grupo de pescadores procurou a Câmara Municipal de Fortaleza, e com isso o Escritório vem buscando junto aos órgãos como Ibama e Ministério Público Federal a garantia dos direitos desses trabalhadores. Em reunião com o Núcleo de Educação Ambiental do Ibama com representantes dos pescadores e o EDHAL, o órgão disse que irá realizar um estudo sobre a situação.

Sobre o assunto, o Ministério Público Federal realizará uma audiência com pescadores, com data prevista para o dia 6 de outubro.

Cláudio Silva reforça a necessidade de garantir o meio de subsistência desses pescadores além dos problemas relatados em relação a infraestrutura na Praia Mansa. Segundo o coordenador do EDHAL, é de conhecimento a utilização da área por turistas e para a prática de esportes como o surfe, o que não justifica a restrição do acesso aos pescadores. “Entendemos a questão da segurança, mas queremos vê algum tipo de acordo que garanta a subsistência dos pescadores”, destacou.

Em nota, a Companha Docas do Ceará relata ser proibido qualquer tipo de visitação, lazer, atividade esportiva ou moradia na localidade. Segundo a instituição, a prática de atividade esportiva em área portuária gera risco de morte, tendo em vista a proximidade com grandes embarcações.

Foto: Silmara Cavalcante