Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) realizou uma atividade envolvendo pacientes em atendimento na unidade com foco nas formas de prevenção e no tratamento desses dois casos da doença. Essas doenças mataram em 2018 mais de 22 mil pessoas no Brasil. O objetivo foi orientar e esclarecer dúvidas dos presentes sobre o tema.

A atividade está dentro das comemorações do Julho Verde que alerta sobre a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. Além disso, nesta segunda-feira (27) foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Segundo o médico da Unidade de Saúde, André Cortez, a prevenção é fundamental. “O diagnóstico precoce é fundamental para tratamento do câncer. Anualmente, cerca de 20 mil pessoas são acometidas por esses tipos da doença no Brasil. Os principais riscos são o hábito de fumar e de ingerir bebidas alcoólicas em excesso, além da má higiene oral. Nos últimos anos, tem aparecido outro fator de risco, que é o papilomavírus humano (HPV)”, revela.

Os tumores malignos de cabeça e pescoço correspondem a 3% de todos os tipos de câncer que ocorrem anualmente no Brasil. Os que atingem a cavidade oral e laringe são os mais comuns, representando mais de 60% dos casos. São considerados tumores de cabeça e pescoço aqueles que se originam na cavidade oral, incluindo lábios, língua, assoalho da boca e palato (mais conhecido como céu da boca); seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais); faringe (nasofaringe, atrás da cavidade nasal; orofaringe, onde se encontra a amígdala e a base da língua e a hipofaringe, porção final da faringe, junto ao início do esôfago) e as três  porções da laringe (supraglote, glote e subglote).

Na fase inicial, o câncer de cabeça e pescoço costumam ter crescimento lento. Podem se instalar já como lesão maligna ou se originar a partir de lesões pré-malignas. Com o crescimento, o tumor primário invade os tecidos da vizinhança. Já nas fases mais avançadas suas células podem migrar para os linfonodos cervicais e cair na circulação sanguínea, atingindo órgãos distantes, como os pulmões, fígado e ossos

O tipo mais comum de câncer na região da cabeça e pescoço é o carcinoma epidermoide, responsável por mais de 90% dos casos. A causa mais comum é associada ao uso de fumo e o álcool. Origina-se nas células que recobrem a mucosa de toda a região da cabeça e do pescoço. Em seguida, os mais comuns são o carcinoma adenoide cístico e carcinoma mucoepidermoide, responsáveis pela maioria dos tumores das glândulas salivares. Já os mais raros são os sarcomas, linfomas e adenocarcinomas, que representam 5% dos casos.

Fatores de risco

Combinação entre álcool e cigarro é uma das mais perigosas para o desenvolvimento de tumores de cabeça e pescoço. Desde 1997, há evidências conclusivas de que o álcool predispõe ao câncer de boca, faringe e laringe.

Sintomas

Os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço são rouquidão constante, tosse persistente, feridas na boca que não cicatrizam, desconforto ou dor para engolir, nódulos na região da cabeça e pescoço, placas esbranquiçadas ou avermelhadas na língua ou gengiva e dificuldade respiratória.

Prevenção

A melhor maneira de combater a doença está relacionada com o estilo de vida, que pode contribuir para a incidência do câncer de cabeça e pescoço. As mudanças de hábitos, como parar de fumar, reduzir a ingestão de bebida alcoólica, utilizar preservativos nas relações sexuais e manter a higiene oral adequada são atitudes fundamentais para prevenir a doença.

Foto: Divulgação Governo do Estado