Covid-19: Fortaleza permanece em queda na curva epidemiológica de casos e óbitos confirmados

24/07/2020 - Ana Clara Cabral

Veja aqui a comparação dos principais indicadores de análise da pandemia, do início de julho até agora.

Fortaleza segue com queda na curva epidemiológica mesmo com a flexibilização do isolamento social por causa do plano de retomada econômica do estado. Atualmente com 40.907 casos confirmados, 35.243 casos em investigação e 5.651 óbitos por Covid-19, 30.807 é o número de pessoas já recuperadas da doença. Nenhuma morte foi registrada nas últimas 24 horas.

Os dados acima são do IntegraSUS, plataforma de transparência nos indicadores da saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A taxa de letalidade na capital, que no início do mês era de 9,22%, baixou para 8,9% em menos de 20 dias. 114.315 testes já foram feitos em unidades de saúde públicas e particulares do município.

A taxa de ocupação de leitos, que é um indicador importante na justificativa do estado para a retomada da economia de forma segura, continua caindo. Se comparado com o início de julho, a taxa de leitos ocupados nas enfermarias passou de 55,95% para 41,94%. E nas Unidades de Terapia (UTIs), de 75,1% para 68,84%.

Veja o gráfico da curva epidemiológica em Fortaleza, segundo data do início dos sintomas:

Fortaleza está há uma semana na fase 4 do plano de retomada determinado pelo governador Camilo Santana. Nesta etapa, veja quais setores estão autorizados a funcionar:

  • Serviços turísticos;
  • Autoescolas;
  • Transporte rodoviário interestadual;
  • Excursões e locação de automóveis com motorista (em sua totalidade);
  • Assistência social (total da cadeia produtiva);
  • Comércio não essencial (cadeia completa);
  • Restaurantes e lanchonetes (com 100% da capacidade);
  • Cerimônias religiosas (que poderão atender os fiéis com 100% da capacidade de seus templos).

Apesar de Fortaleza ser o município com mais casos registrados do Ceará, a frequente diminuição da demanda de atendimentos e internações possibilitou a flexibilização das atividades econômicas, mantendo ainda as medidas de segurança, como o isolamento social e os demais cuidados necessários nos estabelecimentos.

Entretanto, a capital cearense, assim como o restante do Brasil, deve avançar lentamente na flexibilização, além de ter uma observação muito cuidadosa das consequências, que conforme disse o infectologista Keny Colares, pode demorar de duas a três semanas para mostrar os números de casos e pacientes graves nas UTIs após infecção.

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Foto: Mateus Dantas