Com adiamento dos Jogos Olímpicos, dupla de vôlei de praia mantém rotina de treinos individuais

26/06/2020 - Rochelle Nogueira

Com 13 medalhas no vôlei de praia, o Brasil tem se tornado a maior potência na especialidade olímpica. A modalidade foi integrada ao programa dos Jogos Olímpicos na edição de Atlanta em 1996.

Momento mágico para desportistas e esperado por milhões de pessoas no mundo, as Olimpíadas são aguardadas com grande expectativa a cada quatro anos. O espetáculo esportivo a ser realizado em Tóquio, tinha data prevista para 2020. No entanto, com a pandemia de Covid-19 em todo o mundo, os jogos olímpicos foram remarcados para acontecer entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021.

O vôlei de praia, modalidade que foi integrada ao programa dos Jogos Olímpicos na edição de Atlanta em 1996, já é contabilizada pelos brasileiros como medalha certa no quadro geral de países. Com 13 medalhas no esporte, o Brasil tem se tornado a maior potência na especialidade olímpica.

Com estreia garantida para os Jogos de Tókio em 2021, a dupla formada por Ana Patrícia e Rebeca confirmaram a boa fase e garantiram o primeiro título do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, o primeiro nacional de suas carreiras, com a oficialização do encerramento da temporada 2019/2020.

Com a imposição do isolamento social, e com a necessária preparação para o torneio, a dupla campeã brasileira na última temporada já havia iniciado um trabalho forte para esta temporada. Com a paralisação, os treinamentos passaram a ser feitos em casa, sendo basicamente trabalhos físicos, devido às restrições de espaço, mas, dentro do possível, ambas se mantiveram ativas, informou a assessoria das atletas.

Foto: Confederação Brasileira de Voleibol

“Quando penso nos Jogos Olímpicos, sinto gratidão antes de tudo. Percorremos um caminho muito difícil até conquistarmos a vaga, mais complicado do que poderíamos imaginar quando começamos a sonhar. Mas deu certo e não tem como não sentir muita felicidade, pois é a oportunidade de realizar o nosso sonho. Já tínhamos começado uma preparação, tínhamos feito um planejamento para este ano, mas com a pandemia do novo coronavírus tudo foi paralisado. Nesse período, tentei me manter em atividade, tanto física quanto mentalmente. Respeitei bastante a quarentena, busquei refúgio na minha família, em Espinosa, no interior de Minas, durante um tempo, e sigo firme esperando tudo isso passar. Quando pudermos retomar o trabalho com segurança, vamos fazer de tudo para voltar à forma, principalmente técnica, o quanto antes”, disse a atleta Ana Patrícia Silva.

A companheira de dupla, a cearense Rebecca Cavalcante, segue forte nos treinamentos. Para ela, mesmo diante do sonho de ir para uma Olimpíada, sabe que esta pausa forçada no calendário esportivo é necessária.

Foto: Confederação Brasileira de Voleibol

“Quando a gente confirmou a classificação foi uma alegria imensa. No final de 2018, a gente fez um planejamento intenso e, graças a Deus, conseguimos colocá-lo em prática durante o ano de 2019. E deu tudo certo. Iniciamos 2020 com o foco nos Jogos Olímpicos e, infelizmente, veio o coronavírus e adiou um pouco o nosso sonho. Mas sabemos que o adiamento da Olimpíada foi a melhor decisão. Ninguém teria condição de se preparar 100% para esse evento tão importante. Neste período estamos em casa, mantendo a forma do jeito que dá, seguindo o planejamento da nossa comissão técnica e esperando tudo isso passar pra gente voltar a se preparar da melhor forma possível. Temos um ano a mais preparação e isso também será importante”.

Foto: Confederação Brasileira de Vôlei