Com a propagação da Covid-19 em todo o país, e em virtude dos decretos de isolamento social, vários setores da economia tiveram perdas circunstanciais em seus faturamentos, ocasionando em muitos casos, uma onda de demissões. Porém, alguns setores envolvidos diretamente na produção de equipamentos de proteção individual contra a doença, conseguiram garantir emprego e renda movimentando a economia local.

É o caso do ramo têxtil que mesmo com dificuldades, vem conseguindo através de políticas públicas a geração de renda, garantindo o sustento de empreendedores do ramo da costura e, em especial, dos mais vulneráveis. O setor se movimentando através da produção de máscaras tanto para profissionais de saúde como para a população em geral. O uso obrigatório do item é obrigatório em todo o estado.

Para Maria Lúcia, costureira individual a mais de 30 anos, a pandemia trouxe uma diminuição considerável em suas encomendas mexendo com a renda da família. “No início foi complicado, mas minhas filhas deram a ideia de confeccionar máscaras de tecidos e como tinha muito material encostado, comecei minha produção própria. Depois elas foram oferendo as amigas, no local de trabalho e pela vizinhança. Graças a venda de máscaras eu estou conseguindo complementar o orçamento de casa”, contou.

Aderindo ao chamamento público do Governo do Estado do Ceará, para a produção de máscaras em tecido reutilizável, o empresário do ramo têxtil, Afonso Aguiar, encontrou no edital uma alternativa para não precisar demitir colaboradores. Com 45 funcionários, a empresa dele é responsável pela produção de 680 mil máscaras. “O edital do Estado proporcionou que a gente evitasse vários desempregos e passamos foi a contratar pessoas para atender à demanda. Estamos produzindo com 100% da nossa capacidade e essa demanda ajudou muito na questão financeira”, disse.

Ações públicas na geração de renda para o setor têxtil

O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), adquiriu cinco milhões de máscaras em tecido reutilizável para fortalecer a prevenção ao coronavírus, garantindo a proteção da população cearense e fomentando a economia local. Os produtos foram adquiridos de empresas e costureiras locais que aderiram ao edital de chamamento público lançado em abril deste ano. A previsão é de que 1,5 milhão de máscaras sejam entregues até o início de julho. Com a aquisição das máscaras, famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único receberão o equipamento de proteção individual.

Já a Prefeitura de Fortaleza, por intermédio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), trabalhou com o Projeto Todos com Máscara, que teve como objetivo fomentar a atividade de confecção de máscaras em Fortaleza. A ação ocorreu no último mês de abril e cadastrou 1.690 profissionais de costura, com um cadastro reserva de 114 pessoas, e 30 microempreendedores individuais e microempresas, com uma empresa no cadastro reserva.

O Projeto Todos com Máscara credenciou costureiros e empresas de 81 bairros de Fortaleza, prioritariamente de baixo (IDH-b). Foram distribuídos a título de incentivo, o material (tecido, linha e elástico) necessário para a produção das máscaras. Os profissionais de costura receberam R$ 400 e as microempresas e microempreendedores receberam R$ 16.930. A distribuição da produção vem sendo feita para diversos setores, população e programas de iniciativa da prefeitura que estão no combate à pandemia.

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Com Informações: Prefeitura de Fortaleza e Governo do Ceará

Foto: Érika Fonseca