Transporte metropolitano rodoviário e metroviário voltam a operar segunda-feira, 1º de junho

29/05/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

Volta dos serviços de transporte metropolitanos faz parte da etapa de transição entre o isolamento rígido e a retomada das atividades econômicas e comportamentais em Fortaleza e RMF

Estação de metrô durante isolamento social

Seguindo a etapa de transição para a retomada gradual das atividades econômicas e comportamentais no Ceará, voltam a ser ofertados, a partir da próxima segunda-feira, 1º de junho, os serviços de transporte metropolitano rodoviário e metroviário de Fortaleza.

A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) deve divulgar a estratégia de retorno do transporte por metrô somente neste sábado, 30. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus), por sua vez, informou hoje, 29, que a quantidade de veículos nas ruas deve se adaptar à demanda nos primeiros dias. Apesar disso, reforçou que permanece obrigatório o uso de máscara para o embarque nos coletivos.

Como o coronavírus permanece circulando, o Sindiônibus disse que “as empresas de ônibus continuarão seguindo os protocolos de segurança e realizando higienização rigorosa” nos veículos e pediu que os passageiros continuem praticando as recomendações de prevenção ao contágio, evitando, ao máximo, o uso de dinheiro nos ônibus urbanos e metropolitanos.

Horários escalonados também foram estabelecidos para evitar aglomerações de funcionários de determinados setores produtivos autorizados a funcionar na primeira fase da retomada econômica. De acordo com o protocolo, estabelecido pela Prefeitura de Fortaleza, a orientação é para que o setor da construção civil inicie suas atividades às 7 horas, o setor de serviço às 8 horas, o da administração pública às 9 horas e o comércio, por fim, às 10 horas.

Etapa de transição

O plano para a retomada gradual e responsável das atividades econômicas e comportamentais no Ceará, detalhado na última quinta-feira, 28, pelo governador Camilo Santana (PT), tem uma fase transitória (que se inicia na próxima semana, a partir de 1º de junho) de sete dias e outras quatro fases de 14 dias cada. Na primeira etapa, chamada de “transição”, o Governo libera aproximadamente 44.868 empregados (o equivalente a 67% do total) para retomarem seus postos na cadeia produtiva de Fortaleza e Região Metropolitana.

Essa fase inclui os setores: indústria química e correlatos; artigos de couros e calçados; indústria metalmecânica e afins; saneamento e reciclagem; energia; construção civil; têxteis e roupas; comunicação, publicidade e editoração; indústria e serviços de apoio; artigos do lar; agropecuária; móveis e madeira; tecnologia da informação; logística de transporte; automotiva; saúde e esporte, cultura e lazer. Contudo, há percentuais de funcionários e atividades específicas permitidas para cada segmento.

O Governo deve, porém, analisar os resultados da fase transitória antes de decidir pela liberação das próximas etapas do plano. O condicionante para o início da flexibilização, por exemplo, foi a tendência decrescente da demanda por atendimentos nas UPAs e emergências de portas abertas dos pacientes com suspeita de Covid-19. Para seguir com a retomada, é preciso haver tendência decrescente de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para a doença.

Confira fala do presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, sobre a volta dos serviços de transporte metropolitanos:

Confira o que é permitido na fase de transição na Grande Fortaleza:

  • Indústria química e correlatos
    Indústria de químicos inorgânicos, plástico, borracha, solventes, celulose e papel.
  • Artigos de couros e calçados
    Fabricação de calçados e produtos de couro.
  • Indústria metalmecânica e afins
    Fabricação de ferramentas, máquinas, tubos de aço, usinagem, tornearia e solda.
  • Saneamento e reciclagem
    Recuperação de materiais.
  • Energia
    Construção para barragens e estações de energia elétrica, geradores.
  • Construção civil
    Construção de edifícios com até 100 operários por obra.
  • Têxteis e roupas
    Indústria têxtil, de confecções e de redes.
  • Comunicação, publicidade e editoração
    Impressão de livros, material publicitário e serviços de acabamento gráfico.
  • Indústria e serviços de apoio
    Indústria de artigos de escritório e manutenção industrial, além de cabeleireiros, manicures e barbearias.
  • Artigos do lar
    Fabricação de eletrodomésticos e artigos domésticos.
  • Agropecuária
    Obras de irrigação.
  • Móveis e madeira
    Fabricação de móveis e produtos de madeira.
  • Tecnologia da informação
    Fabricação de equipamentos de informática.
  • Logística e Transporte
    Metrofor, transporte rodoviário metropolitano na RMF e serviços de manutenção de bicicletas.
  • Automotiva
    Indústria de veículos, de transporte e peças.
  • Saúde
    Comércio médico e ortopédico, óticas, podologia e terapia ocupacional.
  • Esporte, cultura e lazer
    Treinos de atletas de esportes individuais, além dos clubes de futebol participantes da final do Campeonato Cearense.

Reportagem: Luana Severo

Foto: Érika Fonseca