Com a previsão de início em 20 de julho, 10 cadeias que apresentam atividades de grande aglomeração, fecharão o ciclo de monitoramento do Governo do Estado do Ceará. A fase 4 na estratégia de flexibilização do isolamento social trará o retorno à normalidade das atividades econômicas. Nessa fase será avaliada a questão territorial, quando a autoridade de Saúde do Estado irá arbitrar sobre as condições específicas de cada região.

A retomada das atividades na Capital seguirá um cronograma pautado por critérios técnicos, sanitários e epidemiológicos.  Segundo plano estratégico apresentado pelo governo, nesta fase, 123.134 pessoas retornarão ao trabalho em todo o Estado do Ceará, representando 21,10% da cadeia. Na Grande Fortaleza, por exemplo, regressarão 81.374 pessoas, 66,10% dos trabalhadores.

Quem faz parte da fase 4?  

• Turismo e eventos: Feiras, congressos, transporte aquaviário para turismo, casas de festa e eventos, serviços turísticos;
• Comunicação, publicidade e editoração: cinemas e outras exibições cinematográficas;
• Indústria e serviços de apoio: serviços educacionais para formação de condutores;
• Logística e transporte: transporte rodoviário interestadual, excursões e locação de automóveis com motorista;
• Educação: aulas presenciais de educação formal e não formal,
• Atividades religiosas: cerimônias religiosas (seguindo protocolo);
• Esporte, cultura e lazer: academias, clubes, espetáculos;
• Completando a fase 2: assistência social e comércio de produtos não essenciais;
• Alimentação fora do lar: completando a cadeia.
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Dentro do universo de retomada das atividades desta etapa, as escolas das redes públicas e privadas fazem parte do processo. Consideradas atividades de grande aglomeração de pessoas e de alto risco, elas devem redobrar os cuidados para que os estudantes tenham um espaço adequado visando a saúde de todos.

“No plano de retorno das atividades do Estado do Ceará, a educação ficou na quarta fase iniciando a volta às aulas no mês de julho. Isso atende sim as famílias, as escolas dentro do seu programa da conclusão do ano letivo e o Conselho Nacional de Educação. A legislação permite a continuidade das aulas até dezembro, continuando a mesma carga, como também pode ultrapassar o ano de 2020. Estamos prontos. O Sinepe está orientando as escolas para que tudo ocorra de forma tranquila, com todos os protocolos de segurança e saúde”, afirmou o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), Prof. Airton Oliveira.

Turismo no Ceará

Conhecido com um dos principais pontos turísticos do Brasil e do mundo, o Estado do Ceará se apresenta por sua beleza natural. Com a presença do sol praticamente o ano todo, as praias são elementos convidativos para a prática do turismo.

Os rumos no Brasil, principalmente no Ceará, apontavam que 2020 seria um ano promissor para o Estado. Em 2019, o país elevou 2,6% o índice de atividade turística, sendo o Ceará o primeiro em crescimento com elevação de 5,4%. Com a chegada da pandemia o mercado turístico se retraiu e espera com expectativa que a atividade volte a sua normalidade.

“O trade turístico recebeu com bons olhos esse projeto de retomada das atividades. É claro que algumas pessoas ficaram frustradas porque queriam a tomada logo no primeiro momento, mas a gente entende a necessidade dessa cautela. Mesmo com abertura do mercado em Fortaleza, do Ceará, o do Brasil, o mundo ainda vivencia essa pandemia. Então por mais que o nosso Estado se abra novamente para o comércio, para retomar as atividades, enquanto o Brasil não tiver uma estabilidade e o próprio mundo, a gente sabe que vai trabalhar com demanda reduzida. Os hotéis estão se reinventando, trabalhando com promoções, mostrando que a segurança sanitária que vai ser oferecida ao cliente”, disse Pedro Juan, Gerente Geral do Hotel Brasil Tropical.

Quais foram os critérios para a retomada das atividades econômicas e comportamentais no Ceará?

Saiba Mais: Prefeitura Municipal de Fortaleza revelou queda na demanda dos serviços de saúde

Prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), apresentou dados considerando o período entre 15 de abril e 21 de maio, com um aumento na procura pelos 113 Postos de Saúde da Capital de pacientes com síndromes gripais. A partir de 19 de maio, no entanto, houve um declínio constante no número de atendimentos, passando de 2.110 para 1.284, o que representa uma diminuição de cerca de 40%. O pico foi atingido no dia 11 de maio, com 2.139 atendimentos.

No mesmo período, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) municipais, o quadro é semelhante. Houve aumento na procura de pacientes com síndromes gripais na segunda quinzena de abril, porém, na primeira quinzena de maio, os dados já apontaram uma redução, passando de 8.714 atendimentos para 3.147, um declínio de 64%.

Para a segunda quinzena de maio, a projeção da SMS mostra uma queda de cerca de 8% nos atendimentos médicos das síndromes respiratórias agudas, passando de 19.181 para 17.760.

Foto: Mateus Dantas