Barracas de praia voltam a funcionar em julho; entenda a fase 3 do plano de retomada

29/05/2020 - Ana Clara Cabral

Fase inicia em 6 de julho, quando o funcionamento do comércio pode chegar a 60% do funcionamento.

Barracas de praia durante isolamento social

População poderá voltar a frequentar barracas de praia a partir de 6 de julho, de acordo com o anúncio do Governo do Ceará referente ao Plano Responsável de Abertura das Atividades Econômicas e Comportamentais no estado. Os estabelecimentos fazem parte da terceira fase do afrouxamento do isolamento social que combate o coronavírus e iniciará com 26,30% de funcionamento da cadeia, juntamente com restaurantes em horário noturno.

Apesar do planejamento, Camilo Santana, governador do Ceará, admitiu ser de fundamental importância o comprometimento dos cidadãos nos cuidados de prevenção para que o plano siga como esperado. Mudanças podem acontecer se o número de pessoas infectadas aumentar. Uma nova avaliação será feita a cada fase, obedecendo critérios técnicos, sanitários e epidemiológicos.

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Na fase 1 será avaliada a manutenção da tendência decrescente de ocupação dos leitos de UTI destinados ao atendimento da Covid-19 no período de 14 dias. Na fase 2, se a tendência decrescente do número de internações será mantida. Na fase 3, se a tendência decrescente do número de óbitos também se mantêm. E na fase 4, será avaliada a questão territorial, quando a autoridade de Saúde do Estado irá arbitrar sobre as condições específicas de cada região.

Praia do Futuro

Segundo Fátima Queiroz, presidente da Associação dos Empresários da Praia do Futuro (AEPF), foi desenvolvido o Protocolo Anti-Covid19, que contempla, entre outras ações, a segurança alimentar; a segurança sanitária, com ações de dedetização e sanitização das barracas; limpeza da praia e desinfecção do ambiente externo, com a ajuda da Prefeitura (Regional II), além de ações da rotina, tais como treinamento de funcionários, limpeza das caixas d’água, entre outras.

“Estamos com várias frentes iniciadas, para estarmos prontos para receber nossos funcionários, fornecedores e clientes, da forma mais segura possível”. Além do Protocolo Anti-Covid19, temos conversado muito com diversas associações, sindicatos e órgãos, no sentido de criar uma rede de apoio e parceria para esse momento de pandemia que estamos vivendo”, destacou Fátima.

Estão envolvidos: Sindirest, Aceprag, Evoluir, Abrasel, Sebrae-CE, Setfor, Setur, CSTU e Fortur.

Shopping Centers

Os estabelecimentos passam a funcionar parcialmente a partir de 8 de junho, na primeira fase, retornando às atividades gradativamente, de acordo com a programação estabelecida para cada setor. Na terceira fase, 60% pode estar funcionando se o planejamento se cumprir.

Pensando nisso, Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) produziu, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, Protocolo de Operações, com duas fases, “baseado em experiências internacionais, boas práticas de outros setores e recomendações de profissionais da saúde”.

Há organização do fluxo, higienização e limpeza constantes, além de qualidade do ar controlada, prometendo nos shoppings ambientes seguros. Na abertura parcial, os shoppings devem trabalhar com horários reduzidos, sem realização de eventos. Apenas com as lojas abertas. Entretenimentos como cinema e atividades para crianças permanecem fechados.

Além disso, estabelecimentos devem disponibilizar álcool em gel. Mesas da praça de alimentação devem manter uma distância segura. Funcionários, lojistas e consumidores devem utilizar máscaras de proteção. Campanhas de higiene e saúde pública deverão ser realizadas.

Funcionarão na terceira fase:

  • Têxteis e roupas comunicação, publicidade e editoração – 60%
  • Comunicação, publicidade e editoração – 63%
  • Indústria e serviços de apoio – 66%
  • Artigos do lar – 60%
  • Cadeia agropecuária – 61%
  • Cadeia moveleira – 60%
  • Tecnologia da informação – 69,2%
  • Logística e transporte comércio e serviços de higiene e limpeza – 3%
  • Comércio e serviços de higiene e limpeza – 60%
  • Cadeia automotiva – 62%
  • Comércio de outros produtos – 60%
  • Alimentação fora do lar – 26,3%
  • Atividades religiosas – 30%

Foto: Érika Fonseca