Ceará amplia transparência de dados sobre COVID-19

21/05/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

O Índice de Transparência da Covid-19 avalia a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus publicados pela União e pelos estados brasileiros em seus portais oficiais.

Site IntegraSUS

O Ceará vem trabalhando para ser o Estado mais transparente em termos de informações sobre o enfrentamento da pandemia do coronavírus no País. Para atingir essa meta, o Governo ampliou o raio de informações da sua plataforma IntegraSUS, que agora conta com mais cinco painéis.  No Índice de Transparência da COVID-19, o estado apareceu, no último levantamento, em segundo lugar com 95 pontos, atrás de Alagoas, Espirito Santo, Pernambuco e Rondônia, todos com 98 pontos. Quanto mais pontos mais transparente.

Quando teve início o ranking em 3 de abril o Ceará estava em segundo lugar com 69 pontos. No dia 16 de abril passou para o primeiro lugar subindo 25 pontos, ficando com 95 pontos. Essa colocação e pontuação permanecem até o último boletim. Nesse período o Estado foi ultrapassado por Pernambuco, depois Rondônia, Espirito Santo e agora por Alagoas.

O levantamento é realizado pela Open Knowledge Internacional do Brasil, também conhecida como Rede pelo Conhecimento Livre, que é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua no país desde 2013 e que desenvolve e incentiva o uso de tecnologias cívicas e de dados abertos. O Índice de Transparência da Covid-19 avalia a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus publicados pela União e pelos estados brasileiros em seus portais oficiais.

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), através de sua coordenadoria de Informação e Comunicação, disponibilizou mais cinco painéis informativos sobre a Covid-19 na plataforma IntegraSUS, onde qualquer cidadão pode visualizar o histórico de internações, acompanhar o resultado de testes, dados sobre atendimento inteligente e entrega de teste rápido de Covid-19 a profissionais dos serviços de saúde.

Segundo a Sesa, a equipe que dá suporte ao IntegraSUS ficou empenhada na criação de novos “dashboards”, visando incluir mais informações possíveis sobre a COVID-19.  O portal tem uma média de visualizações de 15 mil por dia. Lá estão disponibilizados dados dos 184 municípios com relação ao monitoramento e gerenciamento epidemiológico, hospitalar, ambulatorial, administrativo, financeiro e de planejamento. A plataforma é simples e objetiva e também visa auxiliar gestores em ações e políticas de saúde. O acesso pode ser feito pelo  integrasus.saude.ce.gov.br.

Entre os novos dados disponibilizados, está o acompanhamento de testes. Foram realizados 219.238 testes rápidos o que representa 2.418,2 por 100 mil habitantes, sendo 1.690 nos últimos 7 dias. Já o Atendimento Inteligente que é a busca de informações pelos canais e redes sociais do Governo, contabilizou 214.980 acessos, sendo que 28% de pessoas reclamaram de mal estar geral; 20,9% de falta de ar e 18,1% de dor de garganta.

Quanto as informações de testes pra COVID-19 feitas em profissionais, foram realizados 14.678 testes e 6.006 estão em investigação, sendo 5.197 confirmados, 4.090 recuperados e 15 óbitos. Os profissionais mais atingidos são os técnicos e auxiliares de enfermagem (1.497 atingidos), enfermeiros (811) e médicos (788).

Já com relação aos dados sobre os recursos aplicados pelo governo, registram o valor total de R$ 318.129.326,48, sendo R$ 133.129.566,69 para material hospitalar e R$ 108.158.702,13 para aparelhos e equipamentos e utensílios. Os maiores fornecedores foram China Meheco (R$ 179,1 milhões) e Martim Becher do Brasil (R$18,8 milhões). Na página também constam todos os empenhos dos investimentos para o enfrentamento da COVID-19.

Testagem

O Estado do Ceará é um dos que mais realiza testes para diagnostico de COVID-19 no país. No início da pandemia, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) realizava cerca de 100 testes/dia. Hoje a capacidade foi ampliada para 900. Desde o início da pandemia até o dia 19 de maio, a unidade da rede estadual analisou 20.867 exames de biologia molecular (RT-PCR).

A rede vem priorizando os pacientes já internados, aqueles que têm comorbidades, principalmente os idosos com mais de 60 anos, além dos profissionais da saúde e segurança, mas segundo a Sesa, pessoas que apresentam sintomas como febre, tosse, coriza, dor de garganta e cefaleia podem fazer o teste de biologia molecular, o chamado RT-PCR, que é realizado a partir de secreções coletadas das vias respiratórias (nariz e garganta), por meio de sonda ou do swab, um tipo de haste de plástico com algodões nas pontas.

 O processo de análise das amostras dura em média oito horas e identifica a carga genética do vírus no período em que ele está agindo no organismo. O exame não é realizado no próprio Lacen, a unidade faz apenas a análise. Além do Lacen, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), da rede pública da Secretaria da Saúde do Estado, e a Universidade de Fortaleza (UNIFOR) também analisam exames de biologia molecular. Juntas, as unidades fazem a análise de 1.200 testes de RT-PCR por dia.

Em uma comparação entre todos os estados do país, o Ceará é o que realiza o maior número de testes de Covid-19. Dados apontam que a cada 100 mil cearenses, 538 são testados para a infecção causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O ranking foi divulgado no dia 15 de maio passado e utiliza dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e das secretarias estaduais de Saúde. Depois do Ceará aparecem Amapá e Espírito Santo.

Foto: Érika Fonseca