Prefeitura disponibiliza segundo bloco do Hospital do PV e prevê entrega de mais 102 leitos na sexta-feira, dia 24

20/04/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

Além dos 204 leitos já garantidos, a Prefeitura iniciou a construção de mais blocos para abrigar mais 132 leitos

Com a entrega da segunda ala do Hospital Emergencial do PV, nesta segunda-feira (20), a Prefeitura de Fortaleza dispõe de mais 51 leitos para atendimentos de pacientes de média complexidade acometidos da Covid-19. No último sábado, o prefeito Roberto Cláudio entregou o primeiro bloco com 51 leitos, sendo que 10 leitos contam com suporte ventilatório para possíveis agravamentos.  Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, até sexta-feira, dia 24, deverão ser concluídos os outros blocos com 102 leitos.

O vereador Carlos Mesquita (PROS) destaca a importância do equipamento para dar suporte ao atendimento de pacientes que estão necessitando de internação e parabeniza o trabalho hercúleo da Prefeitura em concluir a construção em tempo recorde. Ele salienta também o trabalho dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente salvando vidas. “Eles são os verdadeiros heróis”, disse.

Para Mesquita, é hora de as pessoas pararem um pouco e se resguardarem. Entende que esse é o momento de as pessoas ampliarem os cuidados e não pensarem somente em si, mas em seus pais, avós, parentes e amigos, ficando em casa para que o vírus não se alastre. “A maior viagem que devemos fazer agora é aquela para dentro de nós mesmos, para descobrimos o verdadeiro sentido do amor ao próximo”, ressaltou.

Desde sábado que o Hospital de Campanha do Estádio Presidente Vargas já está recebendo pacientes encaminhados das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e de outros hospitais municipais, que precisavam de acompanhamento específico e que estavam na fila da Central de Regulação. O Hospital do PV está recebendo apenas pacientes referenciados pelas UPAS, portanto os pacientes precisam ser atendidos inicialmente pelas unidades para serem encaminhados para internação na unidade do PV. A Prefeitura destaca que a ampliação de leitos de internação e terapia intensiva evita um possível colapso assistencial devido a saturação que já está presente nas unidades de saúde do município.

O Hospital de Campanha tem 3.500m² de área climatizada com base em concreto, estrutura metálica e lonas com divisórias para acomodar os pacientes em isolamento. Cada bloco conta com 51 leitos, divididos em 12 enfermarias. No total, serão 204 leitos de média complexidade.  Os leitos para internamento poderão ser usados também como Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Além dos 204 leitos já garantidos, a Prefeitura iniciou a construção de mais dois blocos na última sexta-feira (17), podendo atingir mais 132 leitos na primeira quinzena de maio.

A Prefeitura também disponibilizou contêineres separados para o armazenamento dos equipamentos de proteção individual dos profissionais da saúde, além de farmácia e demais espaços administrativos para garantir seu funcionamento. Dentro da Unidade, os operários que continuam a obra seguirão trabalhando em fluxos distintos e isolados, de forma totalmente segura, pois cada bloco é completamente independente dos outros, inclusive em relação a circulação de ar interna e externa, que conta com o auxílio de exaustores.

Referência

Atualmente o IJF 2, da Prefeitura de Fortaleza, e o Hospital Leonardo da Vinci (do Estado) são referências no atendimento ao Covid-19. O IJF 2 teve sua torre adaptada para receber os casos de maior complexidade e passará a oferecer, até o mês de maio, 175 leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19. Atualmente a unidade dispõe de 50 em funcionamento.

Já o Hospital Leonardo da Vinci, dispõe de 230 leitos, 30 de UTI, e foi requisitado pelo Governo do Ceará da iniciativa privada para dar suporte a partir de confirmações da doença no Estado. O encaminhamento dos pacientes do Hospital Leonardo da Vinci é feito por meio da Central de Regulação do Estado, pois trata-se de um hospital de retaguarda das unidades de atendimento e não deve ser buscado de forma espontânea.

Foto: Mateus Dantas