Fortalezense deve ficar atento aos cuidados contra o mosquito Aedes Aegypti

14/04/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

O período chuvoso traz consigo um perigo no ar – o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e outras arboviroses.

Apesar das chuvas esparsas neste mês de abril, o fortalezense não deve descuidar da prevenção de outra doença recorrente na cidade, a Dengue. Nesse momento de isolamento social devido a pandemia da Covid-19, a população deve dar sua contribuição e eliminar os possíveis nascedouros do mosquito Aedes Aegypti em suas residências. Conforme o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde do Estado, em março passado, o Ceará registrou 816 casos de dengue este ano. Já em 2019, foram contabilizados, até 28 de dezembro, 15.110 casos de dengue (13 resultaram em óbitos).

Os números reforçam a importância da prevenção. Para a vereadora Marília do Posto (PSB), os fortalezenses, mesmo estando em confinamento devido ao Coronavírus (Covid-19), precisam se preocupar também com a Dengue. “Estamos no período chuvoso e é necessário evitar deixar água parada nos quintais e jardins, evitar colocar lixo na rua, por exemplo. Todos podem fazer sua parte cuidando da sua família. É preciso ter cuidado não só com o Coronavírus, mas também com a Dengue, pois também ela mata,” enfatizou.

Ouça um trecho da entrevista com a vereadora Marília do Posto

A dengue vem sendo monitorada no Ceará desde a década de 1980, quando houve a primeira epidemia da doença no Estado. Os anos de maiores picos da doença foram 1986 e 1987, quando aconteceram 30 mil casos. Desde então, a doença tornou-se endêmica em nossa região, com registro anuais da enfermidade. Pela série histórica o Ceará já passou por 14 epidemias. Atualmente existem quatro sorotipos de dengue. Os principais sintomas são: febre alta (maior que 38.5ºC), dores musculares intensas e ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

As UPAS – Unidades de Pronto Atendimento, 24 horas, em Fortaleza, estão seguindo um protocolo desenvolvido para acelerar a avaliação médica de quem for classificado como suspeito de estar com a doença, que consiste em uma sinalização no prontuário eletrônico, onde o paciente terá prioridade de atendimento dentro da classificação de risco em que ele foi registrado (Protocolo de Manchester). Classificado, o paciente com suspeita de dengue, que esteja no grupo A ou B, já recebe hidratação via oral enquanto aguarda o atendimento médico.

Prevenção

Algumas medidas simples podem ser tomadas como prevenção para impedir que o mosquito se reproduza. É importante cada um fazer vistorias no seu imóvel para evitar focos do mosquito. A chuvas podem aumentar a formação de criadouros, por isso é bom que baldes, potes, quartinhas, bacias, tambores e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d’água, sejam limpos e vedados corretamente.

Outra ação importante é evitar que a água de chuva se acumule sobre a laje e calhas. Guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta e eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas e copos descartáveis. Por isso, é importante não jogar lixo na rua.

Neste ano foram notificados 5.738 casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), sendo 816 confirmados (14,2%) e 1.685 (29,4%) descartados, os outros 3.237 estão em investigação. O Estado apresenta incidência acumulada de casos notificados de dengue de 63,2 casos por 100 mil habitantes. Os casos confirmados de dengue ocorreram predominantemente nas faixas etárias de 20 a 39 anos, com 42,9% (350/816) dos casos, e no sexo feminino, com 54,8% (447/816) dos casos.

Quanto aos casos graves, até o momento foram confirmados 21 casos de Dengue com Sinais de Alarme, sem do 12 em Fortaleza, dois em Brejo Santo, dois no Crato e os municípios de Barbalha, Caririaçu, Icó, Caucaia, Mauriti tiveram um caso confirmado cada. Houve confirmação de dois casos de Dengue Grave (DG), ocorridos nos municípios de Icó e Ibicuitinga. Até o momento, não houve confirmação de óbito por dengue.

Foto: Divulgação Prefeitura de Fortaleza