Em tempos de Coronavírus, as arboviroses também exigem cuidados

30/03/2020 - Câmara Municipal de Fortaleza

Além do novo coronavírus, os cearenses mantêm a preocupação com as arboviroses que são comuns nos primeiros meses do ano, mas segundo as autoridades de Saúde, a incidência tem se mantido baixa no Ceará. Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), em fevereiro, foram notificados no Estado, 1.687 casos de […]

Mosquito

Além do novo coronavírus, os cearenses mantêm a preocupação com as arboviroses que são comuns nos primeiros meses do ano, mas segundo as autoridades de Saúde, a incidência tem se mantido baixa no Ceará. Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), em fevereiro, foram notificados no Estado, 1.687 casos de dengue no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), sendo 10,3% (173) confirmados e 17,8% (380) descartados. Em relação aos casos de chikungunya, foram notificados 168 casos suspeitos em 58 municípios, destes, 6,5% (11) foram confirmados e 23,8% (40) foram descartados. Quanto aos casos de Zika foram notificados nove casos suspeitos e nenhum confirmado.

Das arboviroses, a Dengue é a que mais preocupa devido, ainda, sua alta incidência, 18,6 casos por 100 mil habitantes. Os casos confirmados de dengue do Estado ocorreram predominantemente nas faixas etárias de 20 a 39 anos, com 45,6% (79) dos casos, e no sexo feminino, com 53,7% (93) dos casos. Quanto aos casos graves, até o momento foram confirmados seis casos de Dengue com Sinais de Alarme, nos seguintes municípios: Fortaleza (05) e Caucaia (01). Não houve confirmação de caso de óbito. Conforme a Sesa, os casos notificados de dengue apresentam padrões esperados, caracterizando um cenário de baixa ocorrência da doença no estado.

Mas como em qualquer batalha, nunca se deve baixar a guarda, pois o mosquito Aedes aegypti não tira férias. Em outras palavras: os cuidados da população e das autoridades de saúde com a dengue não devem, de jeito nenhum, ser renegados a segundo plano devido ao Coronavírus. Mas em tempos de isolamento social, os cidadãos não podem esperar que os órgãos públicos atuem na prevenção, cada um deve fazer sua parte, como por exemplo; não deixar água parada sobre a laje da residência; sobre calhas ou vasilhames; deve remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água e evitar vasilhames que acumulem água e possam servir de nascedouros da larva do mosquito.

Outras medidas

Quem tem vasos de plantas em casa deve tomar cuidado com o acúmulo de água limpa nos pratos, que propicia a proliferação do mosquito.

 Já as caixas d’água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;

As vasilhas que servem para animais como gatos e cachorros beberem água devem ter a água trocada diariamente;

As piscinas devem ter tratamento de água com cloro sempre na quantidade recomendada. Piscinas não utilizadas devem ser desativadas, com a retirada total da água, e permanecerem sempre secas.

Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo;

Não se deve descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada.

Foto: Reprodução