O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique (PDT), expressou preocupação com os atos de vandalismo praticados durante a paralisação de parte dos policiais militares do Ceará. Em pronunciamento na sessão plenária desta quinta-feira (20), o vereador destacou a atuação do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa na tentativa de estabelecer diálogo com a categoria e chegar a um acordo com os representantes das associações de policiais e bombeiros militares.

“Estamos aqui sem saber o que está acontecendo nas ruas e nas cidades do interior do Estado. Por que os homens que deveriam estar proporcionando a segurança do nosso povo estão ameaçando os cidadãos?”, questionou.

Antônio Henrique lamentou a situação enfrentada pela população no município de Sobral, na última quarta-feira (20), em que comerciantes foram coagidos por pessoas mascaradas e armadas a fechar os seus estabelecimentos. “Homens encapuzados, que dizem ser policiais, usam a prerrogativa da farda que veste para mandar o cidadão de bem, que está a ali para ganhar o sustento de sua casa, a fechar o seu negócio”, criticou.

O presidente da Câmara Municipal também reconheceu o esforço da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará em estabelecer o diálogo com os representantes da categoria, com o objetivo de mediar as reivindicações dos policiais. “O presidente da Assembleia, Dr. Sarto, durante todos esses dias, esteve reunido com representantes da categoria e associações. O presidente, juntamente com outros deputados, abriram o canal de comunicação (com os policiais)”, destacou.

Antônio Henrique também lembrou que os representantes chegaram a entrar em acordo com o Governo do Estado, mas que parte da categoria recuou. “Quero dizer a todos os cidadãos que teve negociação com representantes da categoria. Agora, se eles decidem algo e não tem aceitação dos seus liderados, eu não vejo outro motivo a não ser eleitoreiro. O que está acontecendo no Estado é um reflexo do processo eleitoral”, classificou o chefe do Poder Legislativo Municipal.

“Estão usando dessa situação para crescer dentro de suas categorias. Fico preocupado com o cidadão de Fortaleza. Sou defensor da segurança, no entanto não posso defender policiais que estão usando a sua farda como arma para amedrontar os cidadãos de bem”, disse.