Ao fazer uso do tempo do Grande Expediente e da Liderança da Oposição, na sessão ordinária desta quinta-feira, 22, o vereador Sargento Reginauro (sem partido) apontou que quase metade da população da capital cearense vive em condições vulneráveis de habitação. Conforme o parlamentar, dados fornecidos pela Prefeitura de Fortaleza ao Tribunal de Contas do Ceará, revelam que 44% da população da cidade reside em assentamentos precários.

“Nós temos um deficit habitacional que não é de hoje. Aqui se fala muito do que está sendo feito mas não se olha para o problema real. 44% da população da cidade reside em assentamentos precários, em condições de vulnerabilidade social, ou seja, mais de 1 milhão de habitantes e isso também reflete nos índices de violência, que coloca Fortaleza como uma das cidades mais violentas do mundo. Olha o tamanho do nosso problema! Isso é falta de priorização do que é mais importante, uma moradia digna”, destacou.

Segundo o parlamentar, em 2014 só foi executado R$ 24 milhões na área de habitação, em 2015 permaneceu o mesmo valor, em 2016 foi empenhado R$ 70 milhões e em 2017, o valor foi de R$ 27 milhões. “No planejamento da gestão, cerca de 9 mil famílias seriam contempladas com a habitação, mas no ano de 2018, somente 784 famílias foram beneficiadas. E para sanar o deficit, nós precisamos de mais de 74 mil novas unidades habitacionais, isso do ponto de vista de território, mas o curioso é que recebemos mensagem aqui do Prefeito para desafetar e vender terrenos. Ora se está faltando terreno para sanar esse deficit como é que a Prefeitura está vendendo?”, questionou.

Em aparte o líder do governo, vereador Esio Feitosa (PDT) ponderou que o Programa Minha Casa Minha Vida tem grande parte do seu financiamento vindo de recurso federal. “É muito claro que o nível de investimento em Fortaleza varia de acordo com o investimento feito pelo governo federal. Isso explica a variação e quanto ao deficit habitacional é algo histórico e não da gestão do prefeito Roberto Cláudio. O que nós vimos da atual gestão foi um esforço muito grande para diminuir esse deficit na nossa cidade, não é a toa que de 2013 à 2018, mais de 22 mil novas moradias foram entregues na nossa cidade”, ressaltou.

Foto: Érika Fonseca