Larissa cobra execução do orçamento destinado aos Caps

25/09/2019 - Ana Clara Cabral

Pelo tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta quarta-feira, 25, a vereadora Larissa Gaspar (PT) foi à tribuna para cobrar que o orçamento aprovado pelos vereadores da Casa, referente aos investimentos nos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs) em Fortaleza. Ela citou que a capital cearense está em terceiro lugar no ranking de cidades com […]

25.09.2019

Pelo tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta quarta-feira, 25, a vereadora Larissa Gaspar (PT) foi à tribuna para cobrar que o orçamento aprovado pelos vereadores da Casa, referente aos investimentos nos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs) em Fortaleza. Ela citou que a capital cearense está em terceiro lugar no ranking de cidades com mais suicídio no país e afirmou que a rede de saúde mental tem papel fundamental na prevenção dessa causa de morte, podendo reduzir até 14% o número de casos.

A parlamentar explicou, de acordo com dados apresentados pelo dr. Fábio Gomes, diretor do Programa de apoio à vida da UFC (Pravida), em audiência pública na Câmara Municipal, que há pessoas mais suscetíveis ao ato de tirar a própria vida e elas estão inseridas em cinco circunstâncias principais, são elas: depressão, transtorno bipolar, uso abusivo de álcool e drogas, esquizofrenia e transtorno de personalidade.

Fortaleza possui atualmente 15 unidades do CAPs e a Comissão de Direitos Humanos, presidida por Larissa Gaspar, já visitou 14. Ela contou sobre a última visita, realizada ontem, ao CAPs da Regional III: “está em uma condição melhor que outros, que enfrentam problemas mais graves. Falta profissional, mesmo sendo chamados os profissionais do concurso realizado. Este CAPs abrange grande área de Fortaleza, vai de Bonsucesso à Bela Vista, com quatro mil pacientes ativos, e possui apenas um enfermeiro com 20 horas”.

Ao final, a vereadora esclareceu sobre o orçamento definido para investimentos na área. De acordo com o Portal da Transparência, mencionado pela petista, sobre manutenção, reforma e ampliação dos Centros de Atendimento Psicossocial, era previsto R$ 373 mil. O valor teve redução de quase R$ 57 mil e nada foi executado até o momento. Para implantação de novos equipamentos, estava previsto R$ 2,5 milhões. Desse valor, foi cortado 1 milhão e nada executado também. A Prefeitura tem até setembro de 2020 para cumprir.

“Nós precisamos exigir que o orçamento aprovado Câmara Municipal seja realmente executado. Não faz sentido que a Prefeitura já tenha gasto os 35 milhões que aprovamos para publicidade, suplementado e gastado mais 23 milhões também com publicidade, e, enquanto isso, nada é gasto com a ampliação da rede de saúde mental em Fortaleza, uma das cidades com mais casos de suicídio. Precisamos cobrar as providências necessárias para garantir o equilíbrio na execução do orçamento”, concluiu.

Grande Expediente:

Ainda na manhã desta quarta-feira, a vereadora Larissa Gaspar reforçou seu posicionamento acerca do sistema de autoatendimento nos ônibus de Fortaleza. “Não somos contra a nova tecnologia, somos contra a forma que foi implantada, sem diálogo. A prática é abusiva por parte do Sindiônibus, que agora cobra um cartão pré-pago mais caro que o valor da passagem. Está sendo condicionado o fornecimento de um serviço público ao fornecimento de outro produto (cartão), e isso é proibido pelo Código de Defesa do Consumidor”.

Larissa lembrou que o problema já foi reconhecido pela OAB, pelo Ministério Público e Defensoria Pública e pede que as instituições responsáveis tomem as medidas necessárias o quanto antes.”Não podemos ser subservientes da vontade do Sindiônibus”, falou a vereadora que aguarda apreciação de emenda sobre o assunto. Ao final, Larissa também questionou o que a Prefeitura fará para suprir as necessidades dos 4 mil e 500 cobradores agora desempregados, em plena recessão econômica do país.

Foto: Érika Fonseca