Idalmir Feitosa contesta criação de novo imposto para a Reforma Tributária

14/08/2019 - Ana Clara Cabral

Pelo tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta quarta-feira, 14, o vereador Idalmir Feitosa (PR) foi à tribuna para criticar a Reforma Tributária a ser apreciada na Câmara Federal. Ele diz ser contra a possibilidade de mais um imposto a ser pago pelo cidadão contribuinte. “Nós compramos um produto e automaticamente pagamos impostos. Além […]

Pelo tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta quarta-feira, 14, o vereador Idalmir Feitosa (PR) foi à tribuna para criticar a Reforma Tributária a ser apreciada na Câmara Federal. Ele diz ser contra a possibilidade de mais um imposto a ser pago pelo cidadão contribuinte. “Nós compramos um produto e automaticamente pagamos impostos. Além disso, teremos que pagar mais uma vez?”, questionou.

O parlamentar refere-se à Contribuição sobre Pagamentos, a CP, imposto que o governo federal quer criar para a nova proposta de Reforma Tributária ao Congresso. De acordo com ele, seria uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), impostos já pagos pela população. A justificativa é que a arrecadação da CP substitua a cobrança dos impostos que incidem sobre a folha de pagamento das empresas.

Idalmir Feitosa se posicionou contra, afirmando não confiar em argumentos do ministro da economia do Brasil, Paulo Guedes, por ser capitalista. “Acredito que esse novo imposto seja inconstitucional. Querem exonerar as empresas de pagar impostos e, para compensar, colocar os cidadãos para bancarem. Não podemos aceitar. Isso é um desrespeito com o bolso do cidadão e do contribuinte!”, contestou.

Grande Expediente

Idalmir Feitosa destacou notícia de hoje sobre o aumento da miséria no Ceará. De acordo com dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Ministério da Cidadania referentes ao mês de junho deste ano, 150.368 pessoas no Ceará ganham entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês. Outros 380.649 estão no grupo de renda per capita familiar entre R$ 178,01 e meio salário mínimo (R$ 499), enquanto 274.790 recebem acima de meio salário. 

O vereador afirmou que este empobrecimento merece atenção grande por parte das autoridades governamentais. “É sofrível perceber que seu semelhante passar por um estado de necessidade tão deprimente”, lamentou. Ele mostrou acreditar que medidas emergenciais são necessárias para que não acabe se tornando uma situação pior de falta de controle social.

Foto: Érika Fonseca