Pelo tempo do Grande Expediente, na sessão ordinária desta terça-feira, 18, o vereador Guilherme Sampaio (PT) criticou o número de projetos enviados pela prefeitura na última semana de trabalho do Legislativo. Segundo o parlamentar, os vereadores não terão tempo hábil para analisar minuciosamente todas as matérias do Executivo em tramitação. Guilherme ainda se posicionou contrário ao pedido de autorização de empréstimo no valor de R$ 200 milhões.

“Me refiro aqui a muitos projetos de lei enviados pela prefeitura de última hora. Só hoje foram 5. Semana passada também 5 e acredito que temos ai cerca de 20 ai projetos de lei enviados no apagar das luzes pela prefeitura, que sobrecarrega a Câmara com muitas matérias que necessitam de diálogo e discussão com a população. Não vamos ter tempo hábil para dar conta de todas as matérias, que muitas vezes têm caráter técnico e possuem 10 páginas. Então encher a Casa com projetos limita o debate e a escuta da cidade.”, criticou.

De acordo com o parlamentar, a aprovação de matérias sem o devido debate, pode ocasionar alguns equívocos como aconteceu com a Lei dos Alvarás. “Temos muitas matérias que exigem que nos debruçamos e num prazo que me parece ser de duas sessões. E acredito que muitas matérias serão votadas sem o devido aperfeiçoamento e que algumas incluam equívocos em que a própria prefeitura possa se arrepender. E isso deve ser objeto de preocupação de todos os vereadores especialmente diante da Lei dos Alvarás que acabou sendo um grande equívoco apontado até mesmo pelos vereadores da base. É bom que se atentem para que não seja cometido nenhum equívoco.”, apontou.

Guilherme ainda se posicionou contrário ao pedido de autorização de empréstimo no valor de R$ 200 milhões. “Sou da oposição e não me lembro de ter votado contra a nenhum pedido de empréstimo da gestão do prefeito Roberto Cláudio, porém não vou assinar embaixo de empréstimo sem saber quanto de juros vou pagar, qual instituição vai emprestar e para quais obras será destinado. Não há nenhum detalhamento e me desculpem, mas considero que é uma irresponsabilidade se aprovarmos essa matéria como está.”, criticou.

Foto: Érika Fonseca.