O vereador Evaldo Lima (PCdoB) usou o tempo do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta quinta-feira, 5, para contestar a postura do presidente Jair Bolsonaro ao atacar Alberto Bachelet, pai da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet. Alberto Bachelet era general de brigada da Força Aérea do Chile e se opôs ao golpe militar dado por Augusto Pinochet em 1973. Ele foi preso, torturado e morreu sob custódia aos 50 anos de idade.

Jair Bolsonaro elogiou Pinochet e reafirmou sua “coragem em ‘dar um basta à esquerda’, dentre esses comunistas, o seu pai, brigadeiro à época”. De acordo com Evaldo Lima, o presidente do Brasil é uma ameaça à democracia e à dignidade humana. O vereador lembrou de Adolf Eichmann, um dos principais organizadores do Holocausto, que executou milhares de judeus, ao afirmar apenas cumprir ordens do estado nazista. “Este é um símbolo da banalização do mal”, garantiu o parlamentar.

Ainda, Evaldo Lima falou sobre Bolsonaro invocar o coronel Ustra, torturador da ex-presidente Dilma Rousseff durante a Ditadura Militar, na votação de Impeachment que aconteceu em 2016. “Bolsonaro segue pregando a banalização de mortes e tortura a seres humanos. Quantos sinais mais precisamos para entender que o atual presidente do Brasil é uma ameaça aos brasileiros?”, questionou.

Foto: Érika Fonseca