Evaldo afirma que conversas entre Moro e Dallagnol violam princípios constitucionais

11/06/2019 - Anna Regadas

Ao fazer uso do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta terça-feira, 11, o vereador Evaldo Lima (PCdoB) afirmou que as conversas entre o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revelam a violação de uma série de leis e até mesmo de princípios constitucionais. Para o vereador, ambos cometeram um atentado ao Estado democrático […]

Ao fazer uso do Pequeno Expediente, na sessão ordinária desta terça-feira, 11, o vereador Evaldo Lima (PCdoB) afirmou que as conversas entre o juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revelam a violação de uma série de leis e até mesmo de princípios constitucionais. Para o vereador, ambos cometeram um atentado ao Estado democrático de direito e deveriam ser afastados de suas funções.

“A função do juiz e isso é uma previsão constitucional exige que ele seja equidistante e imparcial. E o ministro Moro, no período em que era o juiz responsável, ele aconselhou e direcionou o Ministério Público Federal num processo claramente inquisitório. Foi um atentado ao Estado democrático de direito e nas prerrogativas do devido processo legal, Moro e Dallagnol devem ser afastados”, destacou

Liderança Partidária

Pelo tempo da Liderança Partidária, o vereador Evaldo Lima utilizou a tribuna para divergir do pronunciamento da vereadora que o antecedeu, Priscila Costa (PRTB). O parlamentar deu continuidade ao assunto já abordado que trata sobre o vazamento de áudios.

Priscila questiona abordagem da imprensa no vazamento de conversas entre Moro e Dallagnol

“Venho aqui divergir do pronunciamento da vereadora Priscila Costa em tudo que ela disse, mas acho necessário o diálogo no plenário da Câmara Municipal de Fortaleza. Quero aqui citar a frase enviada pelo Papa Francisco à Lula: ‘o bem vencerá o mal, a verdade vencerá a mentira e a salvação vencerá a condenação’. O que presenciamos nos áudios basta fazer uma analogia com uma partida de futebol. Você tem dois times e tem o árbitro, não é correto que ele coordene uma das equipes que vai entrar em campo”, frisou o vereador.

Evaldo Lima atentou para a seriedade dos fatos quando o juiz Sérgio Moro combinava com a procuradoria as medidas que iriam ser tomadas diante da Operação Lava Jato. “Que fique claro, um juiz não pode antecipar decisões para um procurador. Um juiz não pode dar pista para um procurador. A relação entre eles é altamente diversa dentro de um processo. Isso é muito sério. O que a gente cobra é transparência”, finalizou Evaldo Lima.

Com informações de Rochelle Nogueira.

Foto: Kleber Gonçalves