Eliana Gomes é líder do PCdoB no Legislativo Municipal – Foto: Genilson de Lima

A vereadora Eliana Gomes (PCdoB) foi à tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza para reivindicar a abertura da Casa da Mulher Brasileira na Capital. A parlamentar avaliou que a “Lei Maria da Penha” é um grande avanço no combate à violência doméstica, mas que essa luta ainda sofre grandes dificuldades como a deficiência da Rede de Enfrentamento à Violência.

Para tentar mudar esse cenário, a vereadora contou que pediu uma reunião com a deputada Augusta Brito (PCdoB), entidades de defesa dos direitos, sindicatos, representantes do governo municipal e estadual e sindicatos para debater a instalação da Casa da Mulher Brasileira. O prédio da Casa está em processo de transferência do Governo Federal para o Governo Estadual, que irá coordenar o equipamento. A mobiliaria adquirida segue encaixotada aguardando montagem

“Na nossa reunião, estabelecemos agosto como prazo limite para a abertura da Casa da Mulher. Tanto eu, com a deputada Augusta Brito vamos nos esforçar e dialogar com o prefeito Roberto Cláudio e o governador Camilo Santana, de forma a confirmar o indicativo de funcionamento”, informou a vereadora.

Eliana ainda observou que a violência contra a mulher é uma demanda que não pode ser adiada. Para sustentar sua afirmação, a vereadora apresentou um estudo, feito pela DataSenado, que a revela um aumento de 29% no número de mulheres que sofreram algum tipo de violência.

A parlamentar diante desses dados pediu a contribuição de todos os vereadores para que se juntem a essa luta, que se assumam na linha de frente em defesa do combate à violência contra a mulher.

Habitação

Já fazendo o uso do grande expediente, Eliana trouxe o debate sobre as condições de habitação e comércio no Centro da Cidade. A parlamentar apresentou uma pesquisa realizada ainda no ano 2000, onde foram levantadas informações sobre a altura dos prédios, o estado de conservação, o valor da terra, entre outros indicadores. O estudo identificou que existe 23 áreas verdes, 36 imoveis considerados patrimônio arquitetônico, 10 equipamentos de saúde hospitalar, 140 estacionamentos e 660 imoveis vagos ou subutilizados, dos quais aproximadamente um terço tinham potencial para habitação.

Segundo Eliana, a pesquisa já evidencia o potencial de intervenções no setor, que poderiam trazer melhoria na drenagem e na rede de esgoto, valorização paisagística e instalação de ligações entre o centro comercial e a área de moradia vizinha ao bairro Aldeota. Mesmo com todos esses pontos positivos, a vereadora coloca que o Centro de Fortaleza está desabitado e aponta alguns pontos como a causa disso.

“Há alguns pontos fracos, como o patrimônio histórico desgastado; ruas e calçadas sem condições de acessibilidade; imóveis desocupados ou pouco ocupados; violência e vulnerabilidade social aguçadas; e congestionados de veículos.”

Eliana finaliza afirmando que são muitos os desafio. Ela ressalta que é preciso habitar o Centro e deixou seu mandato à disposição para o debate.

“Precisamos refletir, chamar os diversos setores, profissionais, a Prefeitura, o Governo do Estado, enfim, unir os entusiastas da cidade que queremos. Pesquisar experiências pilotos de outras cidades. Ouvir especialistas, retomar estudos como este que citamos que foi feito pela Prefeitura e o Governo Federal no período da gestão Luizianne Lins. Enfim, caros amigos e amigas, é hora de pensar o Centro, de revitalizar o Centro, de amar Fortaleza e cuidar do seu pleno desenvolvimento.”

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Silmara Cavalcante
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