Debate na CMFor coloca em pauta os cursos de graduação à distância na área da saúde

10/09/2018 - Adriana Albuquerque

O Auditório Ademar Arruda recebeu nesta segunda-feira, 10, o debate sobre a modalidade de ensino à distância para os cursos de graduação na área da saúde. A audiência pública, proposta pelo vereador Gardel Rolim (PPL), colocou em pauta as carências do Ensino à Distância, modalidade EAD, na formação de profissionais da Enfermagem, Fisioterapia, Terapeuta Ocupacional, […]

O Auditório Ademar Arruda recebeu nesta segunda-feira, 10, o debate sobre a modalidade de ensino à distância para os cursos de graduação na área da saúde. A audiência pública, proposta pelo vereador Gardel Rolim (PPL), colocou em pauta as carências do Ensino à Distância, modalidade EAD, na formação de profissionais da Enfermagem, Fisioterapia, Terapeuta Ocupacional, dentre outras profissões da saúde.

Nos posicionamento dos representantes das diversas categorias presentes no debate foi destacado a importância da experiência dos alunos em momentos presenciais, principalmente em cursos específicos como os da área da saúde. O momento colocou-se em pauta a necessidade das tecnologias nos avanços das pesquisas mas que o estudo à distância não substituiu o aprendizado prático.

Ricardo Lotif, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito – 6), relatou a falta de preparo técnico dos profissionais formados pelo sistema à distância. Retratando os valores cobrados nos cursos à distância, citando um valor R$ 39,90 para um curso de graduação na área da saúde, Ricardo Lotif questionou sobre a “mágica” em fornecer um curso de qualidade. “Na saúde a educação à distância é um risco tremendo e descomunal”, apontou.

Ana Paula Lemos, presidente interina do Conselho regional de Enfermagem no ceará (Coren-CE), evidenciou a preocupação com a formação de profissionais da Enfermagem para atuar na saúde pública, atentando que a formação à distância deve abranger apenas 20% das aulas teóricas. Como profissional da Enfermagem, Ana Paula Lemos, destacou  a necessidade de uma mobilização da sociedade e das pessoas que pensam em cursar uma graduação à distância sobre a deficiência na área prática.

O debate contou com a participação do presidente do Conselho Municipal de Saúde, Marcus Vinicius, que reforçou o impacto do ensino à distância na saúde ofertada pelo Sistema Único de Saúde, atingindo diretamente a população. Marcus Vinicius salientou a necessidade de um controle nas provas de acesso aos cursos à distância e que o EAD não contempla o ensino prático.

Ao ressaltar a importância das tecnologias no auxílio a educação e formação profissional, o professor Luiz Roberto de Oliveira, coordenador da Câmara Técnica e Informática do Conselho Regional de Medicina, reforçou a importância do engajamento das unidades de ensino no que realmente está sendo ofertado aos alunos, e se esses modais de ensino à distância são aplicáveis ao curso. Um parâmetro que mede esse alcance e a sua efetivação, segundo Luiz Roberto de Oliveira, é o índice de evasão dos cursos à distância.

O vereador Gardel Rolim finalizou o debate chamando a atenção para as questões apontadas pelo Coren-Ce, Crefito-6 e representantes do campo acadêmico. O parlamentar agradeceu a participação dos diversos segmentos na audiência pública.