CMFor promove audiência para discutir a alergia à proteína do leite da vaca (APLV) e outras alergias alimentares

30/10/2019 - Rochelle Nogueira

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou na tarde desta quarta-feira (30), no auditório Ademar Arruda, uma audiência pública com o intuito de discutir e informar sobre os riscos ocasionados pela alergia à proteína do leite da vaca (APLV) e outras alergias alimentares. A vereadora Larissa Gaspar (PT) foi a propositora do debate. Larissa Gaspar reforçou […]

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou na tarde desta quarta-feira (30), no auditório Ademar Arruda, uma audiência pública com o intuito de discutir e informar sobre os riscos ocasionados pela alergia à proteína do leite da vaca (APLV) e outras alergias alimentares. A vereadora Larissa Gaspar (PT) foi a propositora do debate.

Larissa Gaspar reforçou que a questão das alergias alimentares, sobretudo a alergia à proteína do leite da vaca, tem se tornado muito comum no país. “Estima-se que 3 a 5% das crianças brasileiras tem alguma alergia alimentar. O objetivo é ouvir médicos, especialistas, profissionais da educação, mães de outros Estados que já estão com a Legislação mais avançada que a nossa para propormos alternativas para a Prefeitura de Fortaleza, Governo do Estado”, atentou a parlamentar.

Mãe de primeira viagem, Agnes Bezerra, membro da Comissão de Saúde da OAB, tomou um grande susto após a gravidez. Sua primeira filha, com apenas dez dias de vida, ficou inchada, não conseguia respirar e passou por um resgate respiratório. Ao ser investigado os motivos, foi descoberto a alergia à proteína do leite. Agnes falou sobre os desafios para quem tem filhos com alergia alimentar. “Além da aceitação, tem a questão da adaptação e da falta de conhecimento. Muita gente vê a alergia como frescura, exagero, antigamente não tinha isso. Alergia é coisa séria e pode levar a óbito”, frisou.

Sintomas como vômitos, diarreia, perda de peso, associados a outros indícios podem ser características de uma alergia ao leite de vaca e isso está se tornado cada vez mais comum, é o que conta a alergista Fabiane Pomiecinski. “A alergia alimentar aumentou muito nos últimos anos, quase uma epidemia. A gente sabe que houve um aumento de 18% nos últimos 10 anos e isso é muito. Tem vários motivos pelos quais que a gente imagina que isso possa está acontecendo como: parto cesáreo, menos aleitamento, o início das fórmulas infantis na maternidade e vários outros fatores. A alergia alimentar pode se manifestar às vezes com diarreia e sangue nas fezes, ou então a criança não ganha peso adequadamente e isso demora para se chegar a um diagnóstico. Uma alergia nem sempre é identificada no primeiro momento”, relatou.

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Galeria de Fotos

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Fotos: Evilázio Bezerra.