Ciclo de debates: Oficina no Cuca Barra reforça trabalhos do projeto Infância Protegida

19/11/2019 - Adriana Albuquerque

A violência sexual é uma questão que precisa ser tratada com seriedade e quando o assunto envolve crianças e adolescentes o tema gera uma reflexão sobre o papel de todos na proteção do público infanto-juvenil. Neste caminho, o Programa de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizou no Cuca Barra do Ceará a […]

Oficina promove troca de experiência entre profissionais de diversas áreas (Foto: Mateus Dantas)

A violência sexual é uma questão que precisa ser tratada com seriedade e quando o assunto envolve crianças e adolescentes o tema gera uma reflexão sobre o papel de todos na proteção do público infanto-juvenil. Neste caminho, o Programa de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, realizou no Cuca Barra do Ceará a segunda oficina do curso “Infância Protegida”, iniciativa da Câmara Municipal de Fortaleza em parceria com a Fundação Demócrito Rocha.

As oficinas abordam temáticas gerais, como Direitos Humanos, tipos de violência e os planos locais de combate a violência sexual, além de estudo de casos direcionado para os profissionais em formação. A capacitação é uma atividade complementar ao curso “Enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescente”, na modalidade à distância (EAD).

“A cada momento teremos uma palestra com um tema diferente…a violência sexual é um fenômeno multifacetados e precisa ter várias frentes de enfrentamento, sendo necessário que os profissionais estejam capacitados”, destacou a coordenadora de conteúdo do Infância Protegida, Leila Paiva.

O palestrante e assistente social, Daniel Rodrigues, que integra a rede de atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, destacou a importância da curso e das oficinas na mobilização da sociedade em torno da temática. O profissional da assistência reforça o papel da rede de enfrentamento por meio da efetivação de políticas públicas e de acolhimento do público infanto-juvenil.

“Esse projeto vem consolidar algumas políticas públicas e esse conteúdo vem abordar a nova lei sobre escuta especializada e o depoimento feito nas Varas da Infância e da Juventude, e durante os módulos faz com que as pessoas tenham um conhecimento mais amplo sobre a legislação e como a rede pode ser acessada”, reforçou.

Daniel Rodrigues ressalta algumas questões que podem avaliadas na identificação dos casos violência sexual, ressaltando que as situações devem ser identificada com base num contexto. “A família e a comunidade devem está bem atentos aos sinais e verificar qualquer situação de suspeita”, salientou.

ALGUNS SINAIS APRESENTADOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL

  • Isolamento da criança e do adolescente
  • Mudança de comportamento e agressividade
  • Medo de ir à escola ou outros ambientes

Para a educadora Natália Gonçalves Moura, o curso e as oficinas mostram como trata a temática junto às crianças e adolescente, tendo em vista que a violência sexual é um tema delicado quando é feita a abordagem junto ao infanto-juvenil. “Curso on-line e as oficinas são enriquecedores. Nós aprendemos várias situações sobre a questão e com as oficinas temos a troca de experiências, casos que ocorrem em outros lugares e que podem subsidiar outras situações”, destacou a educadora, frisando a importância da humanização do atendimento e o olhar especializados dos profissionais que realizam o acolhimento dos casos de violência sexual.

Oficinas de formação retratam realidade vivenciadas no dia a dia pelo público infanto-juvenil (Foto: Mateus)

Projeto Infância Protegida reforça atuação da sociedade no enfrentamento á violência (Foto: Mateus Dantas)

Jucilene Bezerra, integrante da MAFO – Movimento de Ajuda Familiar de Ocara, reforçou o compromisso da instituição na formação de profissionais voltados para a questão da violência sexual contra crianças e adolescentes. A entidade, como destacou Jucilene Bezerra, abraçou a oportunidade do projeto Infância Protegida e vem motivando a participação nas diversas formas de capacitação.

“O curso é bem didático e com as videos aulas mostra quantas coisas ainda não conhecemos. Nós ficamos muitas vezes confusos sobre os crime e ainda não temos um domínio geral e no curso temos um melhor esclarecimento”, reforçou.

A coordenadora do projeto Infância Protegida, Valéria Xavier, destacou a atuação da Câmara Municipal de Fortaleza no enfrentamento à violência sexual, que iniciou o ano de 2019 com lançamento do Selo Amigo da Criança. “A Câmara nos fez uma provocação diante do Selo, e nós da Fundação Demócrito Rocha, que acreditamos na capacitação como um eixo para melhorar alguns aspectos da sociedade, propomos o curso de extensão. E a Câmara abraçou prontamente o projeto e vem fazendo um trabalho espetacular junto à Fundação de mobilização e divulgação em todo o Brasil”, ressaltou.

Participe do curso Infância Protegida e das Oficinas de Formação

Dia 29/11
Local: Cuca Mondubim
Horário: 7h30min às 12h30min
Painelistas: Leila Paiva, Daniel Rodrigues, Hugo Dantas, Geovana Marques e representante do Cedeca-CE

Dia 6/12
Local: Centro Cultural Belchior
Horário: 8h30min às 13h30min
Painelistas: Leila Paiva, Hugo Dantas, Lídia Rodrigues, Graça Gadelha e representante do Cedeca-CE

Com informações de Anna Regadas