Audiência tratou sobre a presença de Educadores Físicos nas escolas municipais

21/08/2019 - Rochelle Nogueira

Com o objetivo de debater a presença de profissionais de Educação Física nas aulas do Ensino Fundamental, bem como nos equipamentos públicos destinados à prática de atividades físicas, a Câmara Municipal de Fortaleza promoveu na tarde desta quarta-feira, 21, uma audiência pública no auditório Ademar Arruda para discutir o assunto. O vereador Sargento Reginauro (sem […]

Com o objetivo de debater a presença de profissionais de Educação Física nas aulas do Ensino Fundamental, bem como nos equipamentos públicos destinados à prática de atividades físicas, a Câmara Municipal de Fortaleza promoveu na tarde desta quarta-feira, 21, uma audiência pública no auditório Ademar Arruda para discutir o assunto. O vereador Sargento Reginauro (sem partido) foi o propositor da audiência.

Segundo o vereador Reginauro é necessário inicialmente ouvir os professores da Rede Pública Municipal, categoria, Conselho Regional de Educação Física e a Secretaria Municipal de Educação, no sentido de buscar uma solução para o empasse, pois pedagogos ministram aulas de educação física para crianças da educação infantil até o 5º ano. “É direito das crianças do ensino fundamental I da Rede Municipal a atividade de educação física. Vale ressaltar, que os exercícios estão sendo realizados por um pedagogo e este profissional não é o adequado para trabalhar nesse momento o desenvolvimento psicomotor e as atividades que possam favorecer seu crescimento em todos os aspectos: cognitivo, físico, social. Nós precisamos mudar essa realidade dentro de Fortaleza. Realizamos essa audiência pública para a partir de então apresentar um projeto de lei que possa beneficiar as nossas crianças e abra um novo cenário para a Educação Física dentro de Fortaleza”, destacou o parlamentar.

Para Maria Aldeisa Gadelha, presidente da comissão de educação física escolar do CREFI 5, a audiência é importante para melhorias no cenário educacional da cidade. “É importante não só para os profissionais de educação física, mas para quem usa da atividade física. No caso as crianças, que são as maiores prejudicadas, não tem o acompanhamento de um profissional com competência e habilidade para trabalhar com elas no período da educação infantil até o 5º ano. Devido a essa divergência, vem aumentando a obesidade infantil, o desinteresse pelas atividades físicas por não terem utilizado metodologias adequadas para o seu desenvolvimento”, apontou Aldeisa.

Heraldo Simões, coordenador do curso de Educação Física à distância da UECE, atentou para a incoerência na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), por inserir a educação física como um componente curricular obrigatório em toda educação básica, incluindo a educação infantil e fundamental, mas, ao mesmo tempo, atribui ao pedagogo como ministrador de qualquer disciplina até o 5º ano. “Desta forma, o Município de alguma forma utiliza essa regra. A gente sugere a criação de uma lei municipal, por ser mais difícil mudar a LDB, e que dite que aqui, em Fortaleza, quem vai atuar com as práticas corporais da escola é o profissional da Educação Física”, frisou o coordenador.

Foto: Evilázio Bezerra.